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Ligações perigosas

O conjunto da obra: nota governamental de terça, vídeo do governador de quarta e a coletiva da secretária de Comunicação, não vai gerar meia justificativa de defesa palatável


OPINIÃO DA EDITORA

É quase que natural (mas não deveria ser), na mudança de governo, surgirem os lambedores de botas, os que não largam das partes íntimas do mandatário, os robes d’chambre, os puxa-sacos que rastejam, os que se escondem por trás de móveis e utensílios e passam de uma gestão para outra com a mesma cara de paisagem e, mesmo sem concurso, se perpetuam nos seus devidos lugares. O enunciado é apenas para citar alguns itens danosos que existem nos três poderes. Mas, os bem piores, são os que usam o ‘Nome do Santo Em Vão’ para por, dispor, trocar, exonerar, convocar, utilizando a frase: “Quem mandou, quem quer que faça é o chefe”. São as ligações perigosas. Quem terá a coragem de perguntar do ‘chefe’ se ele deu, mesmo, aquela ordem? Vamos ao ponto: no governo de Wilson Lima, que é um recém-governo, as tramas são, supostamente, conduzidas em ‘Nome Do Santo Em Vão’. O governador WL, pelo seu completo deslumbramento com cargo e pela quantidade de bajuladores, não percebeu o quanto usaram o seu ‘Nome Em Vão’. E o resultado desastroso veio a galope. Pode até ter conserto, porém, mano, depois que quebra a credibilidade, um abraço. O castelo está a um passo de desmoronar. Conseguem reverter? Fica a pergunta para o leitor.

A COLETIVA DA DANIELA

Apesar da jornalista afirmar que, quem estava ali era a Daniela Assayag, pessoa física, suas frases impositivas eram de pessoa jurídica. Contudo, agoniante, mesmo, é ver o vídeo da tal coletiva. Eis que surge uma Daniela com trejeitos nervosos, jogando exageradamente os longos cabelos, voz claudicante, afirmativas inconsistentes, promessas de documentos, mistura de assuntos (não entendi a explicação da verba publicitária para a Covid-19). Na verdade, a sensação era que nem ela, Daniela, sabia o que estava fazendo ali. Não precisa nem ter bola de cristal. Enfim, se colocar no mesmo saco a coletiva, a nota governamental de terça, o vídeo do governador de quarta, não gera nem meia justificativa de sustentável defesa. Eita tchurma de ligações perigosas que não sabe conduzir um gabinete de crise. Pergunto: a sala da coletiva era em uma instituição governamental ou em uma organização privada? Fica a pergunta com o leitor.

 

 

 

 

 

 

 

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