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Mário Fofoca


O nome que dá título a este escrito, é de um personagem do ator Luís Gustavo, na novela ‘Elas por Elas’, de 1982, anos antes deste que vos escreve nascer. O que não impediu que a ‘fama’ dele percorresse gerações. Na trama, que ganhará remake com Lázaro Ramos no papel, ele é um detetive atrapalhado, com figurino de gosto duvidoso e que, claro, também fazia fofoca.

(Foto: Reprodução)

Quarenta anos depois… a figura do Mário Fofoca se faz presente entre nós, dentro das devidas proporções, no nosso cotidiano (e muitas vezes com figurino duvidoso). Seria hipocrisia da minha parte dizer que não gosto de uma boa conversa de ‘pé de ouvido’ sobre fulanos, beltranos e sicranos, mas é preciso entendermos que até a fofoca tem limite.

Limite esse que é uma linha tênue, quase invisível, entre contar fatos envolvendo segundos e terceiros (fofocar mesmo!), e aumentá-los ou até mesmo inventá-los. Principalmente quando os envolvidos são os próprios amigos e/ou pessoas muito próximas.

Criar histórias – ‘fics’ como chamamos atualmente – que prejudicam, que envergonham e machucam beira a perversidade que o próprio Mário Fofoca nunca teve no seu personagem. Se alimentar da vida dos outros, a todo momento, enquanto a sua própria é uma verdadeira apatia, é perder a oportunidade de viver.

Portanto, fofocar é gostoso demais, mas pautar a sua própria vida em função dos acontecimentos da vida do outro, criar fatos que não aconteceram e propagar algo que você ouviu o galo cantar não sabe onde, é ultrapassar a linha tênue. Deixemos a linha ‘Gossip Girl’ somente para os seriados e filmes!

 

Bruno Mazieri tem 37 anos, é jornalista e atua como assessor de imprensa

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