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Dislexia, esquecimentos, mas viva

Cinco meses que estou livre da Covid-19, mas ganhei sequelas, acrescentei quilos a mais no corpo e rezar é para manter a minha fé. Ah! Vacina, sim!


OPINIÃO DA EDITORA

Completei cinco meses em recuperação da Covid-19. Tomei corticoide por quatro meses e o anticoagulante tive que despegar, ia para o quinto mês. A louca! E, claro, o corpo não volta ao normal, de jeito nenhum. Desencanei. Mas tinha que criar forças para voltar a caminhar. Sim. Parei com tudo. Chega uma hora que, foram tantas pessoas que eu fui perdendo para o novo coronavírus que, sinceramente, lasque-se as obrigações de voltar a fazer exercícios. Adorei que fecharam a área de lazer prédio para reformar. Não precisava mais caminhar em volta da quadra. Essa ‘caminha-dura’, eu comparava aquela prisão do filme “O Sol da Meia-Noite”. Porém, o joelho lembrou-me que eu estava no sobrepeso e adquiri uma esteira elétrica. Acho que está fazendo efeito. Lentamente.

Sim, fui aos médicos, fiz os vários e diversos exames e está tudo no lugar. Porém, notei, além da lentidão no emagrecimento, que eu tive e ainda tenho as seguintes sequelas da Covid-19: fiquei com dislexia, dificuldade em falar palavras, penso, mas estou demorando a falar, esqueço dos nomes das pessoas que convivem comigo (mas isso também é antigo, sou péssima para nomes, piorei) e comecei a formar frases de traz para frente. Exemplo: “A Zélia não quer que eu lembre que gosto de chocolate”. Na verdade, a frase era: “A Zélia sabe que eu gosto de chocolate”. Não é leseira, não. É chato.

Mania de limpeza, completamente agoniada quando algo está fora do lugar. Vou duas vezes ver se fechei a janela. Antes era o TOC, hoje em dia é sequela, em alto grau. E a queda de cabelos. Minha querida, sinceramente, era muito cabelo caindo, Ave Maria. Foi punk. Em dezembro 2020 começou a cair de carrada. Meu cabeleireiro, Luan Vieira, diante das minhas lamentações soltou essa: “Nem me preocupo. Você tem cabelo para três cabeças”. Não adiantou querer me distrair. Conversei com a dermatologista, Patrícia Bandeira de Melo, que fez coro, mas me deu um alento: “Calma, vai retroceder!” E ela tinha razão. Está caindo, ainda, mas muito pouquinho.

Bom, para fazer a ópera bem resumida, deste fevereiro de 2021, sem carnaval, com saudade do Zezinho Corrêa e ainda em recuperação (sabe-se lá quando, minha santa, vou deixar de falar isso?), aguardando o meu ciclo de idade para vacinar (Vacina, Sim!), concordo que estou dislexa, agonia no juízo, acima do peso, comendo brigadeiro para caramba, voltei a tomar guaraná, o Baré, de preferência, peço pizza (olha o tamanho da gordice, que essa iguaria não é a minha preferida!), chorando pencas até com BBB21, com vontade de ver meus filhos e netas juntos e ao mesmo tempo, saudade das pessoas que se foram. Mas, uma coisa faço de todo o coração, há cinco meses:  rezo, todos os dias e noites para São José, valei-me, para a São Camilo De Lelis (quem me apresentou foi o Abílio Nery), todas as Nossas Senhoras para agradecer  a Deus por estar VIVA!

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