Incrível como o tempo passa em Manaus mas, os hábitos provincianos, continuam os mesmos. Um deles é a fofoca. O que antes era feito à boca pequena na Esquina do Fuxico, nos fins de tarde, nas cadeiras de balanço nas calçadas, nas rodinhas dos salões de beleza e, claro, nas famosas cartas anônimas, hoje, se modernizou e a dita-cuja é professada em tempo real, pelos fake news, pelos whats dos grupos ou, substituindo os Correios, o Instagram e o Facebook, sempre com nomes falsos, evidente. Conheço manauara que, quando querem que o boato se espalhe, chama um arauto especialista em futrica e a lambança está feita.
O mais incrível, é que o ‘arrolado’ não pergunta do ‘arrolante’ “mano, o que aconteceu?”. Sabe o porquê? Eu respondo: a pessoa que ‘te desconhece”, responde: “menina, jamais! É que não te vi, mesmo!”. E tem mais, em terras caboclas, o segredo de justiça é cumprido fielmente. Todo mundo sabe quem fez a fofoca, mas ninguém conta, para o alvo da intriga, de onde partiu a difamação. Como se diz em Manaus: “Perde o sabor, mana!”. E ‘toma-te’ mexericada! Feliz domingo.