Ao chegar na CBN Manaus, no sábado pela manhã, onde faço o programa ‘Visita Na CBN’, ainda chovia, tempo estava fechado. Eu desço do carro me equilibrando entre bolsa, celular, sombrinha, chave… olho e me deparo com um monte de mangas, as chamadas ‘Comum’ no chão, bem perto da frondosa árvore frutífera. O insight foi imediato! As lembranças do tempo que alguns garotos internos, meus primos e os meninos que queriam namorar (sim, eram vários) com as filhas mais novas do professor Fueth Paulo Mourão, esperavam anoitecer e iam, com uma vara que tinha na ponta uma lata de leite, colher as inesquecíveis mangas-rosa do quintal da professora Djanira, que fazia fronteira com o muro do Colégio São Francisco de Assis, pela rua Lauro Cavalcante! Quem conseguia os belos trofeus, podia saber que, pela manhã ganharíamos de presente as frutas que, para minha mãe, dona Leonor, quando ganhava da vizinha uma ou duas perfumadas frutas (daí o nome – Rosa), dizia que não existia sabor igual em nenhum lugar do mundo.
Porém, nosso Exército de Brancaleone, não contava com a astúcia da professora. Ela e a filha Rosinha, antes de se recolherem aos seus aposentos para dormir, contavam quantas mangas tinham na sua mangueira. Pela manhã a confusão era tamanha. A dona Leonor mandava devolver os frutos e dona Djanira era implacável, exigia castigo e tudo o mais. Foi com essa deliciosa lembrança que fui recolhendo as mangas caídas no chão (quatro, para ser mais exata) e que seria a homenagem do Portal Mazé Mourão pelo aniversário de 353 anos da minha querida cidade de Manaus. Bons tempos!