O atual momento é cara dessa música do Caetano Veloso. Toda essa gente se engana quando assume um cargo público, seja ele qual for, que se torna um superbacana. São os inalcançáveis, sabe como? É, no mínimo, subestimar a inteligência do Ministério Público ou da Polícia Federal quando, na amanhecer, bate nas portas intangíveis de uma repartição ou de uma mansão. O chefe público acorda, tira a remela do olho e afirmará para o mundo ouvir: “Eu não superfaturei”. Aí, os órgãos fiscalizadores reconhecem ‘o erro’, batem em retirada e se fecham em copas. Jura, cara-pálida? Quando ouvi a defesa dos supostos superfaturamentos de respiradores, lembrei da seguinte piada: a mulher acorda o marido, aos gritos: “e de quem é esse batom aqui na sua cueca?”. O homem se sacode todo, inspeciona a peça de roupa, e responde, na maior cara de pau (com trocadilhos, por favor): “Não é seu, meu amor?”. Superfaturamento, toda essa gente superflit, supervinc, superist, se engana, mas é batom na cueca. Superbacana