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Sim para a Pajelança!

Os índios estavam perplexos porque ninguém entendia que eles queriam, apenas, a alardeada Ala Indígena com a área para usarem os seus medicamentos naturais


A televisão mostrava uma conversa, na frente do hospital de Retarguarda Covid-19, entre uma médica e vários índios. Eles conversavam, mas a impressão que o entendimento era em línguas diferentes. A profissional explicava uma burocracia que, para os índios, não consta nos seus códigos ancestrais. No meio do grupo, via-se uma índia carregando garrafinhas pet com liquido amarelo. A médica estudou que pajé tinha que ser o mais velho da tribo. O que cura. Mas, este não veio, porém, passou a tarefa para uma jovem que também tinha a missão de curar. Mesmo que os infectados recebam medicamentos, aquela beberagem é quem daria o start da cura. Até porque disseram, aos índios que, na ala exclusiva, havia um espaço para que eles fizessem os seus tratamentos naturais. Foi nesse nesse ponto, o atrito. Atônitos, os índios queriam a área prometida, a da Pajelança. Ah, e também não queriam participar da triagem, ficar na fila, esperar o atendimento, uma vez que existe a Ala Indígena, alardeada mundialmente, somente para índios. Para que tantos processos burocráticos, uma vez que, sem nenhuma sombra de dúvidas, eles eram índios? A explicação e a boa vontade da médica não conseguiram convencer o grupo indígena. Não para Burocracia. Sim para a Pajelança. É o que as tribos querem para seus índios doentes. Apenas.

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