Fácil? Difícil, leitora e leitor?
Eu acredito que para um aluno que tenha saído do ensino médio, entre seus 17/18 anos, a prova tenha demonstrado um grau de dificuldade maior; associar o assunto proposto demandaria alto repertório educacional e social, bem como um conhecimento mais amplo de mundo, uma bagagem e até uma percepção mais madura do que é viver em sociedade.
Tema de uma relevância social, educacional, política e até comportamental gigante, que certamente merece destaque e convida a discussões amplas e necessárias porque fala de problemas muito reais e graves da nossa sociedade.
Como sugestão, ao dissertar, explicar através das palavras chave do título, porque a falta do registro civil é um problema e as razões que geram invisibilidade e refletem diretamente no desenvolvimento do país. Falar sobre deveres e direitos de um cidadão e o que acontece na falta desses direitos.
No Brasil, existem pelo menos 3 milhões de pessoas sem certidão de nascimento e em um dos textos de apoio podia-se ter uma média desses números por região.
Analisar esses dados confirma que muitos não têm acesso ou não conseguem acessar direitos sociais básicos, garantidos na constituição porque não “existem”, estão à margem do processo e não são reconhecidas pelo estado. E esses direitos vão desde direito à educação, até o direito de casar, divorciar, votar que é uma expressão de cidadania. Sem certidão de nascimento você fica sem RG, CPF, sem a carteira profissional e até cadastro do SUS, perdendo o acesso à saúde.
Trata-se de um ato jurídico e, portanto, seria importante também conectar o registro civil à ideia de que vivemos em uma sociedade baseada no Estado democrático fundado no direito. Respeitar esse direito é se sentir parte do sistema, incluído e até mais feliz porque não se sentiriam “zero à esquerda”.
Em um momento pandêmico em que tantas pessoas precisaram do estado para terem acesso à tratamento médico gratuito e também receberem benefícios sociais, um tema bem relevante.