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Injustiça 


Olá, leitor e leitora, tudo bem? E a Páscoa? Eu e minha família passamos um dia tranquilo, tentando equilibrar as emoções do período, mas muito gratos pela nossa saúde e vida. Espero que a semana santa e, em especial, o domingo de vocês tenha sido de paz e fé em dias melhores.

Celebrar a ressureição de Cristo reacende muitos sentimentos positivos, não é verdade? Renascemos para o amor, a esperança e a fraternidade. Um convite a recomeços com enredos mais sólidos, construídos com base na ética e solidariedade.

Uma excelente oportunidade para conversarmos sobre sermos (mais) justos e humanos.

Recente, Tiago Leifert falou sobre injustiça em seu discurso de eliminação e citou Desmond Tutu, ganhador do prêmio Nobel da paz de 1984. De acordo com o apresentador do programa BBB (Big Brother Brasil), usar o critério de ficar em cima do muro sempre será uma atitude injusta com quem está certo; silenciar em situações anti éticas, imorais ou social e politicamente incorretas é errado. O silêncio é contrário á neutralidade, ele é parcial e injusto. Ao decidir por esse caminho você certamente escolhe um lado.

(Foto: Reprodução/Internet)

Injustiça é oposta à ética, envolve julgamento e está associada a um desrespeito ao direito do outro: furar fila, estacionar em lugar proibido, dar carteirada, andar sem máscara, avançar sinal vermelho.

São forças cívicas contrárias àquelas que fundamentam o bem-estar, a vida saudável e as boas relações interpessoais.

Todas as vezes que ficamos revoltados com atos de incivilidade e desigualdade sem nada fazer, contribuímos para a perpetuação da injustiça. Usando a frase de Desmond Tutu, “se você é neutro em situações de injustiça, você escolheu o lado do opressor.”

Porém, nem sempre temos consciência que estamos sendo injustos pelo conjunto de crenças e valores que fomos “aprendendo” ao longo da vida. Assim, emitimos opiniões baseadas nas nossas interpretações de mundo, pelos nossos “óculos sociais” e acabamos cometendo julgamentos prévios ou equivocados que ferem, agridem, geram ressentimentos e impactam negativamente não somente as pessoas ao seu redor, mas também contribuem para que você desenvolva sentimentos negativos, ficando emocionalmente triste e instável.

(Foto: Reprodução/Internet)

Para ilustrar, gosto muito da frase de Platão, filósofo grego: “quem comete uma injustiça é mais infeliz que o injustiçado”.

A injustiça foi com você? Perdoa (tenta!). Difícil, sim, mas possível neutralizar dores como mágoas e inimizades e seguir em frente. Você pode dar conta dos seus atos e emoções, mas não as dos outros.

Outra boa notícia para hoje é que sempre há tempo para mudanças. Comportamentos podem ser alterados com treino e com muita vontade.

Queremos uma sociedade mais justa e produtiva, que tal começarmos com uma autoanálise?

  1. Estamos praticando a parcialidade e justiça em nossas ações?
  2. Julgamos muito? Estamos abertos a ouvir o outro lado da história?
  3. Perdoamos na mesma proporção que somos perdoados por eventuais falhas e deslizes?

Precisamos ser éticos e compassivos para exercermos nossas missões profissionais (tomadas de decisão, contratação, feedback) e pessoais (pais e filhos, amigos, casais, familiares). Nosso senso de humanidade precisa estar sempre conectado para que haja cada vez mais justiça na sociedade.

Aproveita o espírito Pascoal, confia nas dicas e “partiu” ser mais feliz!

Mais sobre Desmond Tutu: um dos mais conhecidos ativistas dos direitos humanos da África do Sul e o primeiro arcebispo negro. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz por contribuir ativamente para o fim do apartheid.

(Foto: Divulgação)

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1 Comentários

  1. Janet Responder

    Gostei muito desse texto pq deixa claro q injustiça não é só em coisas grandes nas pequenas atitudes do dia a dia também.

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