Olá, leitor e leitora do Portal da Mazé. Saudades de papear por aqui ?
28 de abril é muito importante para a educação, sabiam? Dia de celebrar os avanços, conquistas e pensar mais ativamente em formas de transformação. Mas, após um ano (01) de pandemia, qual o balanço que pode ser feito? Quais impactos no jeito de ensinar e aprender? E os maiores desafios?
Para responder às perguntas, primeiro é preciso entender que o processo educacional no Brasil sempre apresentou fragilidades. Com a Covid-19, alguns problemas crônicos foram ainda mais acentuados.
Para os mais vulneráveis, devido ao imenso abismo social, as esperanças de um futuro melhor foram frustradas. 4 milhões de crianças brasileiras abandonaram as escolas em 2020.
Professores físico e emocionalmente cansados, equilibrando tecnologia a novas técnicas de ensino, virando “youtubers” de um dia para o outro e precisando desenvolver estratégias de comunicação mais eficazes para lidarem com pais, alunos, direção escolar e sociedade.
Tivemos retrocesso educacional. A defasagem de aprendizado no formato remoto foi grande e entre as matérias mais prejudicadas destacam-se português e matemática.
No norte e nordeste, nossas crianças aprenderam menos e a nível geral, país, grande parte do conhecimento acumulado ficou retido em 2019/2018.
Como o ser humano aprende com as interações e experiências compartillhadas, o isolamento prolongado também trouxe transtornos para as relações, ocasionando muitas doenças emocionais como ansiedade, impaciência, falta de foco e intolerância.
Porém, apesar das mazelas, grandes são as oportunidades para mudanças significativas. E já começaram. Do negacionismo da ciência à certeza que ela não só alimenta a nossa esperança, mas é essencial e salva.
Especialistas afirmam também que toda essa “reprogramação” pode trazer ganhos muito positivos: resgate da fé, esperança, empatia e maior desejo de construir e deixar legado.
Esses sentimentos que fazem bem trarão mais senso de pertencimento e coletividade, podendo contribuir fortemente para nossa retomada social e econômica, além de permitir um equilíbrio entre o cognitivo (conhecimento) e emocional.
Termino essa nossa “prosa” parafraseando Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano, doutorado em Letras (meu coleguinha de profissão, Brasillll) que nos convida a refletir e ampliar perspectivas:
“…precisamos aprender, reaprender e voltar a aprender” porque nossa cartilha mudou. E somente através dessa “realfabetização” que promoveremos a educação que inclui, conscientiza, amplia oportunidades, agrega e transforma vidas.
Um sonho que se sonha junto…
Em tempo, parabéns para todos os profissionais da educação!