OPINIÃO DA EDITORA
Eu sei o que Hamilton Mourão, vice-presidente da República, veio fazer em Manaus. Dar puxão de orelha e um ‘sacode’ nesse puxa-estica governamental. Se o Mourão, veio bater na cidade, porque ficou agoniado com a situação que o Amazonas se encontra, imagina nós, amazonenses! Veja você, vamos dormir com avisos de mais leitos, mais contratações, chegam cinco médicos de fora, desembarcam sete enfermeiros de fora, efetivação de bombeiros concursados, anjos da saúde, adianta a formatura dos médicos e enfermeiros, hospital de retarguarda, amplia o Delphina Aziz e outros que tais, mas, quando amanhece, vixe, o caldo entornou. Mais pessoas infectadas, SPAs lotados, mais óbitos.
Tarde de domingo, o governo estende o isolamento social até 30 de abril, porém, na boca da noite, do mesmo dia de descanso, vem o decreto de calamidade pública, contudo, não aparece um abençoado, do staff governamental, para informar ao povo que, uma coisa é para todo mundo ficar em casa, e a outra coisa é para compra do álcool gel aos respiradores sem licitação. Ao amanhecer da segunda-feira, vem a notícia que a empresa comprou errado, os respiradores. Como uma empresa que se gabarita, consegue comprar 28 respiradores (até agora não entendi essa conta. Por que não 30?) errado? Hoje, terça-feira, Dia de Tiradentes, depois do puxão de orelha do ‘Tsunami Hamilton’, espero, sinceramente, um ‘respiro’ na crise política, e que reine a união em prol da saúde do amazonense.