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Doutor Sorriso

Sobre 10 anos e perspectivas


Em 2001, no ano do novo milênio, eu tinha 10 anos de idade. Lembro de ser muito feliz na igreja que eu frequentava, porque eu já podia comungar, que Sandy & Júnior tinha lançado um novo CD (o que parece algo muito mais antigo do que é), o que fazia ir até a casa da minha amiga na época, Déborah Mota, já que eu não tinha o CD, para ouvir ‘Quando Você Passa’.

Em 2001, eu estava na 4ª série. Também lembro de estudar sobre relevos, hidrografias e afins, vender rifas e estudar (muito). Não me recordo de almejar ou me preocupar com algo. Mesmo sendo criado em uma casa simples e não tendo luxos (e nossa, sem luxos mesmo), lembro muito das coisas terem sido, ou pelo menos parecido, leves.

(Foto: Reprodução)

Quando olho para 2001, não vejo maldade nenhuma em nada, mesmo existindo. Em ninguém, mesmo existindo. Porque eu ainda consigo olhar para 2001 pela perspectiva daquela criança do novo milênio, e não do adulto.

Hoje, convivo com crianças diariamente. Parte do meu trabalho como odontopediatra consiste em entender essas crianças e olhá-las pela perspectiva delas, pela linguagem delas, pela pureza delas. Parte do meu papel é preservar essa essência por meio de limites que deveriam ser triviais.

O episódio lamentável ocorrido no decorrer da semana passada, com uma pequena capixaba, me fez refletir, repensar e reviver o que são 10 anos vividos. Não sei você, mas encerro por aqui torcendo para que os olhares continuem doces, inocentes e que como eu, crianças de 10 anos vivam como crianças de 10 anos.  É isso (e deveria ser assim, sempre).

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