Sempre, na primeira semana do BBB, eu vaticino para a minha família: sei quem vai ganhar. E não erro uma. A minha Manuela fica sempre intrigada e quer saber como eu consigo descobrir. O nome disso é experiência de vida. Sei quem está jogando, quem tem bom caráter, quem está se aproveitando de uma situação para obter alguma vantagem. Não, longe de mim ser vidente. O nome disso é experiência de vida.
Alan Possamai e Paula Sperling no abraço de comemoração (foto: Divulgação/Internet)
A figura intrigante da Paula deixou os jogadores, da Casa, irritados, mas, cá fora, é de pessoas perseverantes, como ela, que o povo quer ver. Que ganha provas de resistência, que volta muitas vezes do paredão, que ama incondicionalmente a amiga, não finge aquela voz, foi, durante todo tempo, ela mesma, sem tirar e nem colocar. E, mesmo com o baita empurrão, Paula continuou amando a amiga. O jeito Paula de ser, que nós, pobres mortais queremos ver. Sem filtro. Sem máscara, sem app.
E a turma que o povo cá fora tira da Casa, é porque não segue o padrão correto. Pega logo a merenda, o baita castigo de sair do BBB. Não adianta ser politizado, de dizer que vai dividir a grana, e coloque grana nisso, com instituições de caridade. Falar palavras diferentes, se tornar um dominador ou dominadora. O povo quer ver a verdade porque é disso que o brasileiro entende. E a Paula era aquela brasileira em potencial para todos defenderem com unhas e dentes. Ela teve a humildade (bêbada é que se fala a verdade) em dizer, para o mundo ouvir, durante a discussão com a Hariany, que nunca teve amigos, não sabia o que era ter amigos. Me deixou boquiaberta. É preciso ter muita coragem para fazer essa afirmação, sem a mínima noção, sem o mínimo filtro. “E pimba na gorduchinha” (é um ditado de futebol, gente), a Paula arrematou a grana toda. Eu, desde o início, já sabia, e não foi um sabiá que me contou. O nome disso é experiência de vida. Até.
