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Morre aos 100 anos a grande Dama do Teatro Pernambucano

Geninha da Rosas Borges faleceu de causas naturais, nesta quinta-feira (23), em sua casa, no Recife, dois dias após completar 100 anos


Maria Eugênia de Franco Sá, conhecida como Geninha da Rosas Borges, faleceu nesta quinta-feira (23), em sua casa, no Recife, de causas naturais, a atriz e diretora teatral havia completado 100 anos na última terça-feira (21). Geninha, deixa quatro filhos e admiradores da sua arte por todo o país.

(Foto: Alexandre Severo/Reprodução Internet)

Geninha vinha apresentando problemas respiratórios, o seu falecimento foi confirmado por Breno Borges, um de seus quatro filhos. O velório será realizado neste sábado (25), no Teatro de Santa Isabel. A cremação será no cemitério Morada da Paz, em Paulista no Grande Recife, em cerimônia restrita aos familiares.

Geninha 100 anos

Geninha completou 100 anos na última terça-feira (21), em sua homenagem, amigos da artista incentivaram a postagem em redes sociais de um selo comemorativo aos 100 anos da atriz e eterna dama do Teatro Pernambucano.

Selo Geninha 100 anos (Imagem: Daniel Michoni/Divulgação)

A dama do Teatro Pernanbucano

Nascida no Recife, em 1922, filha de um amazonense e uma carioca, descobriu seu talento para o teatro logo cedo, no Colégio São José, onde estudou e participou de atividades culturais. Formou-se em Letras anglo-germânicas e em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia do Recife. Viúva, deixa quatro filhos, além de netos e bisnetos.

(Foto: Divulgação/Reprodução Internet)

A estreia de Geninha no teatro aconteceu em 1941, na apresentação teatral beneficente “Noite de Estrelas”, com um grupo de moças da sociedade recifense. Encantado com o desempenho de Geninha, o diretor da peça, Valdemar de Oliveira, resolveu convidá-la para integrar o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). Com a companhia, a artista teve a oportunidade de ser dirigida por nomes como Zbigniew Ziembinski, Bibi Ferreira e Luís de Lima.

Ainda em 1941, Geninha fez sua estreia como protagonista na peça “Primerose”, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet. Ao longo da carreira, Geninha estrelou e dirigiu espetáculos como “Yerma”, de Garcia Lorca, e “A Comédia do Coração”, de Paulo Gonçalves. A comédia “Um Sábado em 30”, escrita por Luiz Marinho, é um dos seus trabalhos mais famosos.

Cinema e TV

Geninha brilhou no cinema e na televisão, ainda criança, participou do primeiro filme pernambucano falado, “O Coelho Sai”, de 1939. Mais tarde, em 1983, esteve em “Parahyba Mulher Macho”, de Tizuka Yamazaki, atuou ainda em “Baile Perfumado”, de Paulo Caldas e Lírio Teixeira, de 1997, e nos curtas-metragens “Nóis Sofre Mais Nóis Goza”, de Sandra Ribeiro, e “Conceição”, de Heitor Dhalia, ambos filmados em 2002.

Na televisão, ela fez uma aparição na novela “Da Cor do Pecado”, de João Emmanuel Carneiro, em 2004. Depois, em 2008, participou de “A Favorita”, trama do mesmo autor. Nos anos 1960, coordenou a equipe do Sistema Nacional de TV e Rádio Educação, iniciando um programa pioneiro em Pernambuco de aulas teatralizadas para o rádio. Também dirigiu em três ocasiões o Teatro de Santa Isabel. A artista escreveu o livro “Teatro de Santa Isabel: Nascedouro & Permanência”, publicado em 1992.

(Foto: Nathália Bormman/Reprodução Internet)

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