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A Saudade


Nesse dia das mães, eu quero falar de saudades.

A saudade das Mães que perdemos para a pandemia.

A saudade das Mães que perderam seus filhos para a pandemia.

Eu quero falar da saudade que dói, após 05 mortes  em uma creche, em uma cidade ironicamente chamada de Saudades (SC).

(Foto: Arquivo)

A saudade de quem deixou seu filho na escola e não pode levá-lo para casa vivo.

A saudade do pai que encontrou sua filha autista em uma piscina, após um trágico afogamento em Parintins.

Da Saudade de quem perdeu mais que um ídolo, como Paulo Gustavo. Perdeu nele, a esperança de ver um Brasil mais feliz, mais leve, com mais gargalhadas.

A saudade sentida pela mãe do Paulo, tão homenageada em “Minha mãe é uma peça”.

A saudade que faz rir, faz chorar, faz lembrar e faz desejar que o passado pudesse voltar, nem que fosse por um segundo.

E por que não lembrar das pessoas que fogem da saudade? Que fogem da dor ou do prazer de nela pensar?

Deixe a saudade vir, acolha o sentimente e deixe que vá até quando ela quiser voltar.

Domingo é dia de comemorar as Mães que estão conosco, as que já se foram, as que serão Mamães. É dia de lagrimar, chorar, sorrir e gargalhar. Aliás, vem aí o meu maior desejo: gargalhemos! Façamos desse momento uma forma de aclamar a vida, agradecer a Deus, pular, dançar, gargalhar.

Quem sabe assim, saibamos driblar a dor que é a saudade sentir.

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