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Booth Line de volta ao centro histórico de Manaus

Nos anos de 1960, a Zona Franca de Manaus permitiu que o amazonense comprasse, na Booth Line, importados inesquecíveis! A novidade é que voltará a funcionar no mesmo lugar, fincado centro da cidade


O lugar que representa um dos marcos na instalação do comércio e da navegação marítima na região, o casario do Booth Line, com suas janelas e portas, referência de patrimônio da capital, vai resgatar o conceito de entreposto internacional por meio de  um projeto que contará com a parceria da Prefeitura de Manaus, Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), o grupo Uai Shopping e a Fundação Doimo. Nesta quinta-feira, 2/9, o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello, teve reunião com os integrantes do projeto “Nosso Centro”, da prefeitura, e a empresa, para tratar sobre a revitalização do espaço do Booth Line, local onde funcionou uma das primeiras sedes da corte de contas. A expectativa é a de que no dia 14 de outubro o projeto seja apresentado com a pedra fundamental do empreendimento. O espaço se junta a uma série de 38 intervenções projetadas para o Centro da cidade.

Novo projeto do empreendimento Booth Line (Foto: Assessoria)

“Indiscutivelmente é um presente para o TCE-AM, para o Estado do Amazonas e estamos muito felizes com essa iniciativa. Um projeto de anos e que vemos de forma muito positiva se concretizando”, avalia o conselheiro-presidente do TCE-AM, Mario de Mello, ao destacar a importância que a reestruturação do complexo terá para o Amazonas, ampliando o turismo e a valorização histórica na região central da capital amazonense. Segundo Mello, haverá uma formalização, um termo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), o grupo Uai Shopping e o tribunal.

Conforme o empresário e membro da Fundação Doimo, Elias Tergilene, um dos idealizadores do projeto, o grupo é uma joint venture atuando em mais de oito países, incluindo Itália e China, e que vai buscar o que existe de mais moderno para a proposta de Manaus. “Vamos buscar o que há de mais moderno para que o museu do Tribunal de Contas do Amazonas seja um dos mais tecnológicos do Brasil ou até do mundo, para que retrate toda a história da corte de contas”, informa Tergilene. Ele lembra que o complexo Booth Line é um grande receptivo para quem chega nos transatlânticos na capital e a revitalização dessa área será o início para que outros pontos e espaços do Centro Histórico de Manaus, antigos ou abandonados, passem por um processo de reforma e modernização.

O prédio no século passado (Foto: Assessoria)

Projeto

O projeto privado do complexo Booth Line prevê restauro e requalificação de espaços urbanos com foco na infraestrutura de varejo e empreendedorismo. Instalado onde existia a antiga Bolsa da Borracha, o edifício é datado de 1890. O espaço receberá um modelo do Mercado de Origem, que tem instalações hoje de Belo Horizonte (MG) a São Paulo (SP), incluindo propostas para Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Amazonas. O Mercado de Origem tem conceito de arquitetura sustentável, oferecendo mix de gastronomia regional e do Brasil, versátil para reunir família e amigos, para almoços de negócios e turistas, em espaços abertos, terraços e áreas de convivência, lembrando mercados mais antigos, como o Central de Belo Horizonte, mas também com o foco na modernidade, como dos novos mercados como o Little Spain, no Hudson Yards, em Nova York, e o Chelsea Market, na mesma cidade.

O diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente, lembra que a integração entre poder público e iniciativa privada é um dos eixos da administração David Almeida, incluindo reduzir custos da máquina municipal e oferecer aos empreendedores melhores condições de negócio na capital. “Podemos induzir e incentivar parcerias agilizando processos de licenciamento, o que já estamos fazendo, e analisando questões que integrem ações para redução geral de custeio, sinalizando para outros empresários que é possível investir de forma rápida e segura na cidade, especialmente no Centro”, observa.

Valente vê o empreendimento, de aproximadamente 15 mil metros quadrados, como um dos mais robustos e de grande porte para a região, com características peculiares de agregar agricultura familiar, extrativismo, artesanato, cultura, gastronomia, lazer, turismo e negócios, reunindo as regionalidades do Brasil. “A escala é montar um entreposto nacional e Manaus, por suas características específicas, de sustentabilidade e de produtos, foi escolhida para ser um Mercado de Origem. Num segundo momento a ideia é poder exportar estes itens. A Fundação Doimo tem aporte de grupos na Itália e na China”, comenta.

Estrutura 

Dentro da reestruturação do complexo, a primeira sede do TCE-AM funcionará como um laboratório histórico, apresentando o passado da corte de contas, estudando as atuais funcionalidades do tribunal e dando artifícios para a sociedade futura entender o papel do TCE no estado. Ainda de acordo com o presidente do tribunal, Mario de Mello, o TCE-AM irá iniciar os trâmites para finalização e assinatura do acordo de cooperação entre a corte de contas, a Prefeitura de Manaus e a Fundação Doimo.

 

 

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