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Thales Bretas fala sobre paternidade após morte de Paulo Gustavo

"É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Não tem outro jeito, a vida se impõe", desabafa o viúvo do humorista


Thales Bretas publicou neste domingo (1) um vídeo falando pela primeira vez como tem criado os filhos desde que Paulo Gustavo morreu, no dia 4 de maio. O médico abriu o desabafo contando que sempre quis ter filhos, mas não imaginava que seria possível devido ao preconceito social, o que mudou quando conheceu o humorista.

“Eu sempre sonhei ser pai, constituir família. Quando me descobri gay, esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade. E eu cheguei a acreditar que esse sonho poderia não ser possível para mim, só que aí eu conheci Paulo Gustavo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai”, relembrou.

(Foto: Reprodução/Instagram)

“Juntos, a gente viu uma força que poderia quebrar esse paradigma da família tradicional. Depois que a gente se uniu, percebeu que o que importa é o amor. E ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era. E a gente conseguiu trazer à vida os frutos do nosso amor, que são Gael Romeu, dois meninos”, continuou.

Thales contou que, mesmo realizando seu sonho, foi desafiador ser pai numa união homoafetiva. “Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento. Dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos. Agora só tem eu, e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho”, desabafou.

O médico revelou ainda como deseja criar as crianças, de 1 ano. Segundo ele, Romeu e Gael vão poder expressar sua sensibilidade como uma forma de demonstrar força.

“Eu, desde criança, sou muito sensível, e era chamado de chorão. E eu cheguei a pensar que a minha sensibilidade era por eu ser gay, mas isso também é um preconceito que passam pra gente. No fim das contas, a sensibilidade não é nem masculina nem feminina. Aí que eu percebi que ser homem é também sentir, porque o ser humano sente. E é assim que eu quero criar meus filhos, sendo fortes o suficiente para se sensibilizarem”, afirmou.

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