Na noite desta sexta-feira (21), o Teatro Amazonas foi palco da abertura do 25° Festival Amazonas de Ópera (FAO). Com a casa lotada, o publico pode prestigiar a obra “O contractador de Diamantes”, o compositor brasileiro Francisco Mignone, ópera que faz sua reestreia em solo brasileiro, após 60 anos longe dos palcos do país.
Baseada na peça de Afonso Arinos, “O contractador de Diamantes”, trata da exploração das minas de diamantes no interior mineiro no século 18. A obra, que faz sua reestreia, foi apresentada no Brasil, apenas duas vezes, em 1924 em São Paulo e, nos anos 50, no Rio de Janeiro.
Marcos Apolo Muniz, secretário de Cultura e Economia Criativa, destacou a relevância do FAO no país e no mundo, mas principalmente, para a cadeia de profissionais locais envolvidos, diretamente e indiretamente, na construção do festival.
“A importância de chegarmos a 25ª edição do Festival Amazonas de Ópera, inclusive um festival que se mostra diferente pela forma e estrutura que ele apresenta, tem fundamental importância não só para cultura, pela vocação do Teatro Amazonas, que é um teatro de ópera, mas pela capacidade que ele tem de promover o estado do Amazonas a nível nacional e mundial, mas também pela capacidade de trabalho, oportunidade e renda, então a gente chega a esse festival, com muitos profissionais envolvidos e toda uma cadeia econômica também sendo beneficiada a partir desse incentivo e investimento do governo”, declarou Muniz.
Sobre a ópera de abertura, Muniz conta que acompanhou as etapas de produção e falou sobre a importância da parceria na reestreia deste grande espetáculo após 60 anos.
“Estou conferindo desde o primeiro momento, do estágio de produção, temos um cenário lindo, extraordinário, um dos mais bonitos que já foram montados neste palco, produzido 100% aqui no estado do Amazonas, numa coprodução com o Teatro Municipal de São Paulo, ou seja, a gente abre as fronteiras, e depois do espetáculo ser apresentado aqui, ele segue para São Paulo para se apresentar nessa importante casa de espetáculos”, finalizou Muniz.
Flávia Furtado, diretora executiva do FAO, em conversa com o Portal MZM, contou um pouco sobre as expectativas para a 25° edição do festival e destacou a qualidade dos artistas e produção local.
“Esse ano é uma comemoração muito especial, 25 anos de um projeto ícone pra ópera no Brasil, as expectativas são as melhores do mundo, vamos ter o mundo inteiro olhando aqui pro festival. O FAO é muito especial, temos um maestro que é o maior especialista em óperas na américa-latina, isso atrai muito os olhares do mundo, costumo brincar dizendo que a primeira vez pra chamar um crítico internacional é muito fácil, mas pra você chamar ano após ano e todos largarem tudo o que estão fazendo na Europa ou Estados Unidos e vir pra cá, acompanhar o festival, isso é a qualidade artística do que é apresentada dentro do Teatro Amazonas”, disse Furtado.
Elizabeth Catanhede, nova diretora do Teatro Amazonas, disse ser uma alegria exercer essa função durante o festival de ópera que atrai olhares do mundo inteiro.
“São 25 edições do festival, temos um amadurecimento muito grande, técnico e artístico, contamos uma equipe que já se acostumou a trabalhar e a receber esse grande público e as pessoas também aprenderam a amar o festival, tanto que hoje (21) temos casa superlotada, todos os ingressos foram esgotados para a recita de hoje (21)”, disse Catanhede.