“E agora, o que é que eu faço?” Tenho certeza de que você também já se perguntou isso inúmeras vezes, desde que fomos orientados a cumprir o isolamento social. Foi tudo muito rápido, não é? De uma semana para outra, nos vimos “enclausurados” nas nossas casas, privados de nos relacionar presencialmente com amigos e colegas de trabalho; distantes de nossos projetos e ideias… A sensação é de que o mundo parou e nos restou a presença de quem convivemos sob o mesmo tempo e um leal companheiro: o celular. Sim, ele tem sido a nossa principal “janela” para esse mundão que existe além das nossas paredes.
O que já era essencial para nossa rotina, agora se mostra in-dis-pen-sá-vel para sobreviver nesse isolamento. Não consigo nem me imaginar sem meu celular ao lado, sem estar na internet e ter como ligar de vídeo para meus pais e amigos, sem conferir as redes sociais, me atualizar das notícias e sem ver as lives – sensações do momento!
E, obviamente, não estou sozinho. Esta semana, li uma pesquisa realizada pela empresa de marketing de influência, Squid, que revela que “cerca de 90% dos respondentes afirmaram que aumentaram o uso de celular durante a quarentena”. E dentro desse quantitativo, a pesquisa apontou ainda que 90% das pessoas utilizam preferencialmente o Instagram, independente da geração. Mas, aí eu me pergunto: esse tempo todo que a gente está gastando nas redes sociais, está nos fazendo bem? Em que pode nos ajudar a aceitar esse novo momento? Tenho me questionado bastante…
Em uma breve enquete realizada no meu perfil do Instagram – aliás, por favor, prestigia o Joãozinho lá @joaoarturvieira, gracias! – perguntei aos amigos e seguidores se eles preferem que a vida volte ao que era antes ou se já estão conformados que precisamos descobrir novas formas para seguir, mesmo ainda em pandemia. E, 86% dos participantes optaram pelo segundo cenário.
E o assunto não parou na enquete; rendeu boas discussões nos directs, como o do seguidor Diego Benfica (print abaixo), me dando alguns insights para este nosso primeiro “papo”. Esse sentimento ganha força com a fala de alguns pesquisadores, como a da futurista Amy Webb, que li em uma coluna do site El País: “Temos uma escolha a fazer: queremos confrontar crenças e fazer mudanças significativas para o futuro ou simplesmente preservar o status quo?”. O texto é super interessante, tem me ajudando bastante a olhar mais “pra frente” e você encontra o link mais abaixo.
E, finalizando, lhe faço um convite: vamos rever a forma como gastamos nosso tempo nas plataformas digitais, quais pessoas seguimos e que conteúdo consumimos? Vamos buscar novas ideias e priorizar nossa “reconstrução”, nosso novo modo de viver e ver para onde estamos seguindo como sociedade? Como a gente vai fazer, eu ainda não sei muito bem (rs). Mas, é um exercício que estou começando a fazer e que espero que seja uma “sementinha” em você também.
A gente vai continuar esse “papo” na próxima semana, discutindo melhor o universo de influenciadores digitais, que a gente tanto curte (e odeia, ao mesmo tempo! rsrs).
Ah, prazer! Sou João Artur, espero que a gente se encontre aqui mais vezes e também estou em (des)construção. Se quiser conversar mais, sugerir algo, criticar, etc, me chama lá no direct do Instagram! E, como bom canceriano que sou, sugiro a música “Como uma onda” para você ouvir enquanto segue pensando… Bem clichê, sim! =)
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Quem seguir no Instagram:
– Caio Braz – influenciador digital e produtor de conteúdo que tem questionado bastante o próprio segmento e incentivado novas reflexões. https://www.instagram.com/caio/
– Leandro Karnal – historiador que tem feito lives interessantíssimas sobre como aceitarmos esse novo cenário. https://www.instagram.com/leandro_karnal/
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Leia mais sobre, já “dei o google” por você:
https://blog.opinionbox.com/futuro-apos-a-pandemia/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52061804
Pesquisa completa da Squid “O novo normal. 10 transformações no consumo digital geradas pelo distanciamento social.”