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Itaú Cultural divulga o festival ‘Arte Como Respiro’ com os amazonenses do Tucandeira

Com três pocket shows diários, este primeiro recorte musical traz projetos do Amazonas, Bahia, Pará, Pernambuco, Paraíba e São Paulo


O Itaú Cultural estreia em seu site www.itaucultural.org.br a programação do Festival Arte como Respiro – Edição de Música, entre os dias 9 e 13 de setembro (quarta-feira a domingo), sempre às 20h, reunindo 15 artistas contemplados dentro da série de editais de emergência, realizados pela instituição, para apoiar artistas impactados pela suspensão social no contexto da pandemia do Covid-19. Com três pocket shows diários, este primeiro recorte musical traz projetos do Amazonas, Bahia, Pará, Pernambuco, Paraíba e São Paulo, compondo uma diversidade de ritmos como rock, rap, samba, forró, MPB e música instrumental. Intercalando as apresentações com os selecionados em artes cênicas e artes visuais, as de música voltam, ainda neste mês, dos dias 23 a 27.

Na quarta-feira, o site da instituição coloca no ar a cantora pernambucana Isaar, ao lado do violonista Rama Om. As três canções que a dupla apresenta carregam a musicalidade de seu estado, com influências dos ritmos do Carnaval de Olinda e do maracatu rural. Em seguida,Os Novos Loucos Anos 20 inspira-se nos tristes incêndios que devastaram o Museu Nacional do Rio de Janeiro e o Museu do Louvre, na Catedral de Notre-Dame, em Paris. Para fechar,Casa Vazia, composição registrada em seu disco Todo Calor, de 2014. A banda paraense Noturna, representada pela voz de Jhenifer Cohen e a guitarra de Marcello Athayde leva ao palco digital a fusão do rock alternativo e indie pop com a linguagem paraense em três canções autorais: Utopias Reais e Ensolarado e o mais novo single do grupo, Procura, produzido de forma independente e com estética lo-fi. O compositor paulista Rodrigo Campos, toca três composições autorais, no formato voz e violão, que carregam toda sua influência vinda do samba e do amplo universo da música popular brasileira.

A banda amazonense Tucandeira apresenta uma formação que une saxofone, guitarra, contrabaixo elétrico, bateria e percussão (Foto: Alonso Junior)

Tucandeira

Na quinta-feira, dia 10, também às 20h, a banda amazonense Tucandeira apresenta uma formação que une saxofone, guitarra, contrabaixo elétrico, bateria e percussão. Valorizando suas raízes regionais, eles elaboraram um repertório dançante, com ritmos do norte do país, por meio das canções: Cabaicô, Voltando pra Casa e Forró Caboco. No mesmo dia, o bandolinista e compositor, Vitor Casagrande, interpreta canções que vão do choro a melodias impregnadas do saudosismo do samba de raiz. Para esse show, o instrumentista piracicabano escolheu Serelepe, Valsa pro Sérgio e De Garoto para Domingos. A noite encerra com a performance de Salomão Soares. Compostas especialmente para essa versão em piano solo, as canções Tempo de Estar, Esperando Manon e Alma Caipira, exibem a musicalidade paraibana, inspirada em arranjos desenvolvidos ao lado grandes parceiros com quem ele já dividiu o palco, como Hermeto Pascoal, Monica Salmaso e Toninho Ferragutti.

 

A mistura da música eletrônica, sons do sertão e hip hop marca a programação da sexta-feira, dia 11, também às 20h. Com influências de R&B, soul, música pop e ritmos brasileiros, Martte apresenta três composições, acompanhadas de batidas de música eletrônica, que convidam o público a entrar em sua mente cheia de afirmações e dúvidas, amores e sabores. Para isso, o cantor e compositor paulista inicia a sua performance com Flor&Ser, que fala sobre seu amor-próprio. Em seguida, ele canta Sua Pele e encerra com a música Cacto, ambas lançadas em seu primeiro álbum, Vem Bem-Vindo, gravado em 2019.

Hugo Linns leva para o seu show toda a expressão da música instrumental caipira, mesclando uma variedade de timbres e efeitos criados com o uso da tecnologia. Com o som marcante da viola de 10 cordas e da viola dinâmica, o artista selecionou suas composições: Revêur, Imaginárias e Os Deuses que habito são nós transformados em som. Entre rimas que envolvem o trap, boombap, afrobeat, guitarrada, techno brega e diversos elementos musicais da cultura paraense, os rappers Everton MC e Pelé do Manifesto selecionaram três músicas representativas de seu trabalho em uma carreira iniciada em 2012. A música Terçado Voador é uma homenagem a Zé Augusto, grande ídolo da história do Paysandu, time de coração da dupla. Em seguida, cantam Rima com Farinha. Com muita crítica social, a canção fala sobre a mistura da rima no rap com a farinha, principal alimento da culinária paraense. Para fechar a apresentação, Linguagem do Égua é uma mescla de techno brega com o hip-hop, unindo o Rap americano com os sons do Pará.

Final de semana

A programação musical do sábado e do domingo abrange as culturas e ritmos do sudeste, nordeste e norte do Brasil. No dia 12, é a vez da pianista paulista Heloísa Fernandes. Na mesma noite, o público acompanha um espetáculo repleto de influências regionais da Paraíba e uma mistura de forró, maracatu e o coco. Para esse show solo, o músico e compositor Renato Marinho, une a poesia e as gírias em suas obras autorais: Eu já andei demais, Orgulho de ser nordestino e Lamento nosso de cada dia. Lia Sophia, por sua vez, mistura ritmos da floresta a batidas internacionais criando uma música original e dançante, sob a influência da cultura amazônica e caribenha. Dando protagonismo ao carimbó – ritmo típico da região amazônica e um gênero de dança de roda de origem indígena do norte brasileiro, criado no século XVII –, a cantora, compositora e instrumentista paraense, selecionou suas canções: Eu me chamo Amazônia, Quero ver se segurar e Incendeia.

A programação musical de domingo passa pelos gêneros choro, samba, jazz, bossa-nova, forró, reggae e cumbia – música típica da Colômbia, que entrou no Brasil pelo norte rural e depois se espalhou pelas cidades –, por meio dos quais Ivan Sacerdote explora a versatilidade do clarinete. Depois, toca Jaime Figura, música em homenagem a um artista plástico soteropolitano, que usa uma armadura de ferro nas ruas de Salvador. Nascido em Vitória e radicado em São Paulo, Hercules Gomes é um pianista que se destaca pelas fortes influências de ritmos brasileiros, jazz e música erudita. Para mostrar um pouco das suas composições e arranjos, ele apresenta, ainda no domingo, três obras de sua autoria: Allegro em 3, Platônica e Nação Primeira. Na mesma noite, o primeiro bloco de programação musical de setembro fecha com a versatilidade do multi-instrumentista pernambucano, Leopoldo Conrado Nunes.

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