OPINIÃO DA EDITORA
“Agonia no juízo”, como comumente falamos aqui no Amazonas, pode até parecer brincadeira, mas não é. Sete meses após a pessoa receber o veredicto que está livre, fisicamente, da Covid-19, os medos e anseios tomam conta de todos os pensamentos, palavras e ações. No início, a primeira atitude é pensar: “imagina, vou tirar de letra.”. Ledo engano. A insônia, a ansiedade, a fragilidade de agir vai ‘tomando de conta’, se agarram no pescoço e a tendência é aumentar. O maior medo, no frigir dos ovos: morrer. Mas, como, se o ser humano saiu vitorioso, e alguns ainda dizem: “bobagem, coisa da sua cabeça, se ocupa.”. Ah, amigo, é um crescente. Descontrole de pressão arterial, falta de apetite (tudo pode fazer mal), vontade de não se mexer da cama. Acredite. Tem que procurar um tratamento psicológico, com urgência, antes que a situação fique incontrolável. Existem vários. Dos mais caros aos de graça, que atendem por vídeo conferência, chamada de audio, enfim, assuma que está doente psicologicamente e procure ajuda médica. Família, amigos, colegas, confidentes colaboram, mas não são suficientes. Tem que procurar um ou uma terapeuta e se jogar, sem medo de ser mal interpretado. Eles estão para ouvir e lhe tratar da alma, do coração, do juízo. Eu estou escrevendo isso porque assumo, não adiantou pensar que sou phodastica. Estou fazendo sessões de terapia. Recomendo!