Que o couro é sinônimo universal de luxo e requinte, isso ninguém discute. Historicamente, no próprio Amazonas, a pele do pirarucu já era utilizada para fazer diversos artigos domésticos e de uso social, chegando até a ser eleito um dos melhores materiais sustentáveis para se trabalhar, ganhando um prêmio internacional em 2017.
Pensando em tudo isso, a francesa Ictyos uniu o luxo à sustentabilidade e começou uma tendência que recicla peles de peixe que acabariam indo para o lixo, transformando-as em carteiras, cintos e sapatos delicadamente finalizados à mão. Tudo isso sob a chancela do maior conglomerado de moda de luxo do mundo, sediado em Paris (França), detentora de marcas como Louis Vuitton e Chistian Dior – a LVMH.
Na oficina de sua empresa, que fica também na cidade francesa de Lyon, Benjamin Malatrait – um dos três amigos que fundou a Ictyos – disse em entrevista o quanto esse visual de mescla entre materiais industrialmente produzidos e o couro deixam a peça com aspecto “bastante exótico”. “A pele de salmão, por exemplo, tem elasticidade e delicadeza em menos de meio milímetro de espessura, mas com uma resistência que é quase equivalente ao couro de vaca”, explicou a um grande portal.
Para tornar-se mundialmente conhecida, a Ictyos permaneceu dentro uma incubadora de startups administrada pela LVMH pelo período de seis meses. Hoje, Malatrait sintetiza os resultados da empresa em cerca de 250 clientes, entre marcas e produtores artesanais, que ainda testam os produtos para uso em pulseiras de relógios, bolsas e roupas.
É claro que o uso desse tipo de material tem que ser feito com responsabilidade e sustentabilidade, até porque as condições do mundo em que vivemos hoje são caóticas, levando em consideração a preservação dos rios e florestas. Mas o que você achou das peças feitas com couro reciclado? Comenta nas nossas redes sociais se você guarda algo assim no armário.