A Soufflé de Bodó abre a programação de 2024 nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/01), com a estreia do espetáculo “Cê Virou Planta” no Teatro da Instalação (Rua Frei José dos Inocentes, no Centro), às 19h. A entrada é gratuita e tem classificação de 16 anos.
Em parceria com o Coletivo Nupramta (Núcleo de Práticas Meditativas no Treinamento do Artista), a companhia amazonense apresenta uma produção que percorre o processo do luto e da despedida por meio de dramaturgia, música e elementos cênicos.
“A peça propõe o encontro inédito entre dois grupos de intensas atividades, Nupramta e Soufflé de Bodó, para a cocriação e investigação das noções de brasilidade e decolonialidade na cena”, explica o diretor da companhia, Francis Madson, que também divide a direção do espetáculo com Vanja Poty.
A obra compõe três novas experimentações artísticas do projeto “Brasa”, que conta com a série “Manda Brasa” e a performance “A Vaca”, de Vanessa Bordin, com estreia prevista para fevereiro.
“Na perspectiva de aprendizado mútuo, a troca entre as companhias busca ainda o fomento de redes integradas de criação que reúnem artistas, pesquisadores, histórias e movimentos necessários à sobrevivência das subjetividades nortistas pós-pandemia”, destaca o diretor.
Enredo
“Cê Virou Planta” compartilha a vivência pessoal de Madson como um convite ao debate coletivo, destacando a importância de enfrentar a jornada do adeus com dignidade e respeito.
“O luto é uma longa despedida e assusta, porque é um momento em que a morte se faz presente e media sua relação com seu ente querido, no dia a dia, mês a mês, ano a ano que você vai se despedindo daquela pessoa”, comenta Madson. “Mas é importante coragem nesse processo, para lidar com esse adeus”.
Experiências
Vanja Poty, coordenadora do “Brasa”, pontua que, no projeto, a reflexão acerca da diversidade dos afetos nortistas em suas múltiplas configurações é trampolim para a construção de obras que apontem as contradições de um Brasil homogêneo.
“Em ‘Cê Virou Planta’, o percurso do luto é uma experiência que conecta a todos, independente da origem, porém, é atravessado por noções de classe, gênero, ancestralidade e poder”, descreve Vanja Poty.