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Moda e Representatividade cada vez mais juntxs

Entenda por que é tão importante que a Moda reflita as novas gerações de consumidores e como 7 marcas estão fazendo isso


Quando se fala sobre Moda, geralmente a primeira imagem que vem à cabeça das pessoas são os luxuosos desfiles com altas, magras e bonitas modelos de pele clara. Dificilmente imagina-se participações de outros tipos físicos ou sociais, como negros ou LGBTs, apesar de sabermos que a representatividade e a diversidade ganham cada vez mais espaço nesse ramo.

E como junho é o mês da representatividade, conhecido por reunir manifestações ao longo do globo, resolvi trazer sete boas inspirações de marcas dispostas a atrair as novas gerações – já que Moda tem a liberdade de ser política e também de levantar bandeiras.

THE CONVERSE PRIDE COLLECTION X MILEY CYRUS (FOTO: Divulgação)

Christian Louboutin

A famosa marca de calçados entendeu que o conceito de “nude” privilegiava apenas mulheres brancas, então, em 2016, criou uma linha de sapatilhas de diferentes tons de nude que favoreciam mais tons de pele. Intitulada Solasofia, as sapatilhas de ponta fina foram tão bem recebidas pelo público que a marca acabou estendendo a coleção e, recentemente, lançou  sandálias e sapatênis que seguem o mesmo conceito.

Good American

Da queridinha Khloé Kardishan, a marca que nasceu com DNA de inclusão tem modelos que vão do tamanho 34 até o 56, e a missão de fazer peças para todos os tipos de mulheres, corpos e orçamentos. Na América, a marca revolucionou pela maneira como apresentava as roupas: todas as peças iguais na mesma arara, sem aquela separação entre “tamanhos normais” e “tamanhos plus size”.

Coleção Solasofia de Christian Louboutin, 2016 (FOTO: Divulgação)

Coleção Solasofia de Christian Louboutin, 2019 (FOTO: Divulgação)

Daya by Zendaya

Depois de sofrer para achar roupas do seu estilo e tamanho, a cantora e atriz Zendaya decidiu criar uma linha de roupas que conversasse com os seus fãs e representasse o seu lado cool e super fashionista. Foi assim que nasceu a Daya by Zendaya, altamente representativa e que oferece roupas para diferentes tipos de corpos.

FENTY

Grife de luxo criada por ninguém menos que Rihanna, a cantora e empresária utiliza a Fenty para dar uma aula sobre diversidade e representatividade do jeito mais natural. A marca tem feito sucesso e ganhado notoriedade mundial justamente por nascer com a identidade inclusiva, e apresentar nos seus desfiles os mais diversos tipos de modelos, que vão desde pessoas acima dos 60 anos, de várias etnias, até pessoas com deficiência ou com marcas de acne visíveis.

Desfile ‘Savage X Fenty’ (FOTO: Divulgação)

Água de Coco

A beachwear sensação do momento fez história no São Paulo Fashion Week de 2018 com o desfile da coleção “Brasil com Z”, onde apresentou os mais variados tipos de perfis, desde mulheres grávidas até pessoas com deficiência e de várias etnias. Vale destacar a importância desse ato para marcas de moda de praia nacionais justamente por serem as que mais apostam nos “corpos perfeitos”, torneados e bronzeados.

Isaac Silva

Anote este nome! Pois, tão brasileiro quanto o sobrenome “Silva” é a história inspiradora do estilista baiano, representada no SPFW de 2019, onde mostrou o jeito que ele encontrou para lutar contra o preconceito racial. Mais do que modelos de pele escura, tinha um backstage formado em sua maioria por negros, amigos e convidados negros na plateia e um desfile lindíssimo regado à diversidade dos tipos físicos.

Desfile Isaac Silva no SPFW 2019 (Foto: Zé Takahashi/ Fotosite)

Coleção de Verão 2013 de alta-costura Chanel (FOTO: Getty Images)

Chanel

Da lista de marcas tradicionais conhecidas pela alta influência no ramo da Moda, a Chanel preferiu deixar o “tradicionalismo” apenas na história da marca e já aposta na diversidade como estratégia para reposicionar suas vertentes. Em 2019 contratou Teddy Quinlivan, sua primeira modelo assumidamente transgênero para ser carro chefe de uma das campanhas do ano passado – a modelo já havia desfilado para outras marcas, mas nunca como destaque principal.

Vale lembrar que em 2013, ainda na direção criativa de Karl Lagerfeld, a marca encerrou o desfile de alta-costura não com uma, mas duas modelos usando vestidos de noiva e de mãos dadas. Na época, o estilista confirmou que essa era a forma de demonstrar apoio ao casamento LGBT na França.

Infelizmente, essas atitudes ainda são isoladas e não representam a maioria das marcas de Moda, mas é necessário que esse mercado se adapte o mais rápido possível se quiser sobreviver em um mundo pós pandemia. Apesar da cor de pele, nacionalidade ou tipo físico, nem todos cabemos em um 38. [risos]

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