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Grandes marcas de Moda deixam a Rússia após confrontos

Em guerra contra a Ucrânia por questões políticas e ideológicas, o país russo vem sofrendo com a saída de grandes e importantes empresas que movimentam a economia


A lista de multinacionais que optam por deixar a Rússia após o início dos confrontos contra a Ucrânia vem aumentando a cada dia. Certamente, isso inclui também grandes e importantes casas de Moda que não querem fazer parte deste movimento que preza por questões políticas e ideológicas, encabeçado por Vladimir Putin.

Veja abaixo a lista de empresas do ramo da Moda e Beleza que já anunciaram a sua saída da Rússia, além de suspenderem serviços ou novos aportes:

  • Adidas (suspendeu as operações das lojas e site)
  • ASOS (suspendeu as vendas on-line para o país)
  • BooHoo (suspendeu as vendas on-line para o país)
  • Burberry
  • Cartier
  • Chanel
  • Hennes & Mauritz (H&M)
  • Inditex (dona da rede que controla Zara, Bershka, Massimo Dutti e Pull & Bear, fechou temporariamente mais de 500 lojas)
  • L’Óreal
  • Marcas do LVMH Group (fechou temporariamente mais de 120 lojas)
  • Nike (fechou temporariamente mais de 110 lojas)
  • Prada
  • Puma (suspendeu as operações das lojas e site)

Loja da Louis Vuitton em Kyiv, fechada. (Foto: Divulgação)

É certo que a Moda reflete a Cultura, seja a nível local ou mundial, e é por isso que, além destas marcas, outros grandes nomes da Moda e da Beleza vêm adotando posições significativas contra a guerra e em apoio à Ucrânia.

Nem tudo é permitido mesmo durante uma guerra, e a união de todos em prol dos Direitos Humanos deve pressionar os países a se moverem para ajudar as pessoas que estão envolvidas nesta situação, porque essas, sim, são as que estão sendo diretamente e negativamente impactadas com tudo isso.

As influencers Alina Frendiy e Tatyana Kodzayeva na Semana de Moda de Milão. (Foto: Reprodução/Instagram)

Estreia de Cecilie Bahnsen na Semana de Moda de Paris, no que ela chamou de “momento silencioso união”. (Foto: Kristy Sparow/ Getty Images)

Fashion Week

O início da guerra da Rússia contra a Ucrânia coincidiu com o início da Semana de Moda de Milão. Enquanto Prada, Moschino e Emporio Armani preparavam-se para desfilar suas coleções de Outono/ Inverno 2022, tropas russas caminhavam ferozmente em direção à fronteira ucraniana.

Rapidamente, grandes estilistas e casas de Moda trataram de evidenciar o assunto nas passarelas. Giorgio Armani apresentou sua coleção no domingo (27), sem nenhuma trilha musical. “Minha decisão (…) foi tomada como um sinal de respeito às pessoas envolvidas na tragédia que se desenrola na Ucrânia”, publicou o estilista no Instagram.

Desfile e carta do Sr. Armani no Instagram. (Foto: Reprodução)

Já na Semana de Moda de Paris, que aconteceu de 1º a 8 de março deste ano, Olivier Rousteing, diretor criativo da Balmain, colocou dançarinos com chapéus com referência aos capacetes de soldados logo no início da apresentação da marca. Nas redes sociais, o estilista também demonstrou apoio ao povo ucraniano: “(…) É difícil se sentir bem em focar em passarelas e roupas, enquanto ouvimos com o coração pesado as últimas notícias (…)”.

Modelos da Balenciaga representando as cores da bandeira ucraniana. (Foto: Reprodução)

Bandeiras ucranianas nas cadeiras do desfile da Balenciaga. (Foto: Reprodução)

No domingo (6), a Balenciaga também fez um desfile cheio de emoção e referências à guerra, isso porque o diretor criativo da marca, Demna Gvsalia, e a família dele estavam entre as milhares de pessoas que fugiram de Sukhumi, cidade da Geórgia, em meio ao conflito na disputada região da Abkhazia. “A guerra na Ucrânia me lembra o maior trauma da minha vida, quando, em 1993, a mesma coisa aconteceu na minha terra natal e eu virei eternamente um refugiado”, dizia a carta que recebia os convidados junto às bandeiras, em cada cadeira.

Assim como todas essas empresas e marcas citadas acimas, o Fila A segue acreditando em dias melhores para todos. Só com boas oportunidades que construiremos o futuro que tanto sonhamos.

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