Na quinta-feira (22) foram encontrados destroços do submersível Titan, que implodiu durante uma expedição até os restos do Titanic.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos, que liderou as buscas, afirmou que os robôs que foram empregados na operação vão continuar no leito do mar para juntar mais evidências e tentar determinar o que aconteceu, mas, dada a natureza do acidente e das condições no fundo do oceano, ainda não se sabe se os corpos vão ser resgatados. Foi o que declarou o almirante John Mauger durante uma coletiva de imprensa.
Segundo o portal de notícias G1, quando questionado sobre os corpos, Mauger respondeu que não tinha uma resposta definitiva, mencionando as condições “inclementes” no leito do mar.
Um piloto e quatro passageiros morreram a bordo do submersível que implodiu no Oceano Atlântico durante viagem para ver os destroços do Titanic.
Hamish Harding, bilionário de 59 anos, visitou o Polo Sul várias vezes e foi ao espaço em 2022 a bordo de um voo da Blue Origin.
O empresário paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho, Suleman, também estavam a bordo, informou a família em comunicado.
Paul-Henry Nargeolet, era ex-comandante da Marinha Francesa e considerado um dos maiores especialistas do naufrágio do Titanic, segundo informações do The Guardian.
Stockton Rush, presidente da OceanGate, responsável pela expedição, e “estava a bordo do submersível como membro da tripulação”, segundo informou a empresa.
Profundidade
Os destroços do submarino estão a cerca de 500 metros do Titanic e em um local ainda mais profundo, a cerca de 4.000 metros da superfície. Nessa profundidade, a pressão da coluna d’água é muito forte e arriscada para mergulhadores.
Além disso, há pouca visibilidade, porque a luz do sol não chega até o fundo e os sedimentos atrapalham as luzes artificiais. Portanto, localizar os corpos nessas condições é extremamente complexo. Por conta das correntes marinhas, os corpos podem não estar parados, mas sendo levados de um lado pra outro.
Relembre o caso
O submersível sumiu no domingo (18) e os destroços foram encontrados na quinta-feira (22). De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, o veículo implodiu.
A expedição começou na sexta-feira (16), partido de Newsfoundland, no Canadá. A descida propriamente dita teve início no domingo (18). A expectativa inicial era que demorasse cerca de duas horas para chegar aos destroços do Titanic, mas o módulo perdeu comunicação após 1 hora e 45 minutos de viagem.