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Amazonas e Pará unem forças contra a praga que ataca cacau e cupuaçu

Adaf e Adepará firmam Termo de Cooperação para conter e erradicar a praga


O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), José Omena, e o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Júnior Paraguassu Macedo, assinaram, ontem (11), em Belém, termo de cooperação técnica com objetivo de desenvolver atividades de defesa agropecuária em conjunto, como fiscalização, educação sanitária e vigilância. Um dos principais desafios é impedir que o foco de monilíase que surgiu no Alto Solimões se espalhe pelo Amazonas e chegue ao Pará, um dos grandes produtores de cacau do Brasil.

Divulgação/ Adaf

A monilíase é uma praga quarentenária que ataca frutos de cacau e cupuaçu, podendo causar perda total da produção. No ano passado, um foco da praga foi identificado no Alto Solimões. Atualmente, a Adaf, sob a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desenvolve ações de contenção e erradicação dos focos nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no Alto Solimões. Tais ações contam com apoio das Forças Armadas, prefeituras municipais, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Instituoo Federal do Amazonas (Ifam), Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras instituições.

O termo de cooperação, que tem vigência de quatro anos, deve ser publicado nos diários oficiais do Pará e do Amazonas nos próximos dias. O diretor-presidente da Adaf, José Omena, explica que, a partir do documento, Adaf e Adepará poderão, conjuntamente, intensificar a vigilância agropecuária em municípios próximos da fronteira entre os dois Estados, como Terra Santa e Juruti, no Pará; e Nhamundá e Parintins, no Amazonas. O objetivo é impedir o trânsito de frutos hospedeiros oriundos do Amazonas para cidades do Estado vizinho.

Divulgação/ Adaf

A preocupação do Pará com a monilíase se deve ao fato de que eventual chegada da praga causaria perdas estimadas em R$ 1 bilhão por ano à economia estadual. De acordo com o diretor da Adepará, Jamir Macedo, mais de 30 mil pessoas trabalham na cultura do cacau no Pará, de modo que o impacto social da praga seria devastador. Diante da situação, uma carta será redigida em conjunto por autoridades do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia, enfatizando os riscos da praga, e solicitando a liberação de mais recursos federais para fazer frente à emergência fitossanitária.

“Estamos trabalhando em conjunto para conter e erradicar esta praga que pode trazer enormes prejuízos ao País. Não estamos medindo esforços e, com apoio de todas as instituições parceiras, teremos sucesso”, disse Omena.

 

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