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Abertas inscrições para projeto de capacitação “Mujeres Fuertes”

O projeto é realizado com recursos oriundos de reversão trabalhista do Ministério Público do Trabalho (MPT) e em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR)


A Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos abriu as inscrições para a segunda fase do projeto de capacitação “Mujeres Fuertes”, voltado exclusivamente para mulheres venezuelanas, chefes de família, que já empreendem ou queiram empreender no ramo da gastronomia. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 30 de setembro, por meio do link: https://abre.ai/e5qE. O projeto é realizado com recursos oriundos de reversão trabalhista do Ministério Público do Trabalho (MPT) e em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

(Foto: Divulgação da assessoria)

A atividade incentiva o empreendedorismo para a geração de renda e sustento familiar, com capacitações profissionais, consultorias, doação de capital semente e de equipamentos para aperfeiçoar o negócio, entre outras ações. A primeira edição do Mujeres Fuertes aconteceu de janeiro a setembro deste ano, beneficiando 50 venezuelanas.

O projeto nasceu de uma pesquisa da organização, com 2.596 famílias, feita em 2021, apontando que 78% têm mulheres como responsáveis pelas despesas da casa, ou seja, são chefes de família. Além disso, nos cursos e capacitações oferecidos pelo Hermanitos, as mulheres participaram mais ativamente, superando a taxa dos 70%. Algumas turmas tiveram até 90% de presença feminina.

O diretor-presidente da instituição, Tulio Duarte, se diz otimista com a nova fase. “Estamos plantando sementes que gerarão excelentes frutos no futuro. Dessa forma, promovemos a cultura da autonomia e independência financeira para as nossas irmãs refugiadas venezuelanas. Isso é muito gratificante, porque elas levarão luz a outras mulheres, fortalecendo o ciclo transformador”, comentou.

Já a procuradora chefe do MPT AM/RR, Alzira Costa, também explicou a necessidade do recorte específico para este público.“Existem muitos desafios que dificultam a ascensão, como a língua estrangeira e a xenofobia. Por isso, escolhemos especificamente esse público, mulheres venezuelanas, em situação de vulnerabilidade social, chefes de família e com dificuldade em retornar ao mercado de trabalho. A partir disso, conseguiremos mudar a realidade gradativamente”, frisa.

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