A Fundação Viva Cazuza criada pelos pais do cantor Cazuza após sua morte, em 1990, divulgou nota na rede social Facebook proibindo a execução de músicas do cantor em manifestações antidemocráticas. A nota foi veiculada após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reproduzirem a música “Brasil” em manifestações pedindo o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso, no dia 3 de maio.
Segundo a nota, a associação diz ser inaceitável ver a canção ser usada junto “a gritos de ordem e cartazes que pedem o fim da democracia” e proibiu, segundo a Lei de Direitos do Autor (9610/1998), a “execução de qualquer obra ou interpretação de Cazuza em qualquer evento e/ou manifestação dessa natureza”.
Na nota, assinada por Lucinha Araújo, mãe do artista, a organização ainda defende as medidas de isolamento social: “Seguimos as orientações da OMS que recomenda que a população fique em casa, em isolamento, pensando no bem de todos, sendo solidários e trabalhando para diminuição do sofrimento e privação dos mais vulneráveis”, diz o texto.