OPINIÃO DA EDITORA
No salão presidencial, no meio daquelas autoridades brasileiras, só conseguia olhar para um dos participantes, sentado ao lado do presidente da República. Era para o amazonense e vice-presidente, Hamilton Mourão. Em um determinado momento, vi o importante representante brasileiro largar a caneta, afastar a cadeira, olhar de soslaio o destrambelhado (estou sendo boazinha) Messias e, coçando a cabeça, acho que pensou: “ah, se mamãe ouvisse esses palavrões, Deus que me livre! Ia falar, com certeza: ‘menino, vou lavar essa tua boca com sabão, me respeite!’, e colega, cala a tua a boca senão ela não vai mais deixar eu sair contigo, nem com nojo!”. Affe. Não considero aquele conclave uma reunião de botequim, fuxicada de vizinhos porque, nestes lugares citados, existe um respeitoso código de ética. Ali, era, sim, um encontro das pessoas mais importantes do nosso País, para tratar da Covid-19, doença que está dizimando famílias brasileiras, destruindo a economia em todo o território nacional. Mas qual, esse assunto foi para as cucuias. Era cada ministro querendo ‘se aparecer’ mais que o outro, e quando o presidente ‘chamava o feito’ para a sua pessoa, o festival de impropérios e palavrões corria solto porque ele, bem, ele considera que pode e obedece quem não quer largar o osso. O povo? Ora, perplexo, assistindo àquela exposição desnecessária para o Mundo ver, e com vontade de dizer, como toda mãe amazonense diria: “vais lavar essa tua boca com sabão, Jair!”