OPINIÃO DA EDITORA
Até às 12h30 minutos, de ontem, dia 4 de janeiro, ninguém sabia se era para abrir ou para fechar. O Governo do Amazonas, com a sua célebre insegurança, primeiro foi conversar com a Comissão Ministério da Saúde que, se as pessoas não sabem, veio de Brasília para fiscalizar o que estava acontecendo no Estado (pronto, contei, estou mais leve), aí, sim, fechou, mais ou menos tudo, ou seja, um arremedo de confinamento. Entendeu? Na coletiva de imprensa, o governador Wilson Lima, com a voz muito claudicante (olha no dicionário o significado), explicou porque não abre o Hospital de Campanha, pois prefere colocar camas nos almoxarifados, nas salas de conforto médico, nas maternidades da cidade. Como se para fazer isso, não tivesse a necessidade de aumentar o contigente de profissionais. Preguiça. A longa explicação e muito sofrida do secretário Campêlo, não ‘bate’ com as imagens gravadas pelos funcionários, que correu mundo afora. Preguiça 2. E aí, entra a doutora Rosemary Costa Pinto. Colega, a presidente da Fundação em Saúde do Amazonas (FVS/AM) é tão clara e assertiva na sua fala, que a gente entende. Tudinho. Sim, estamos em guerra. Ultrapassamos o nível vermelho, estamos no Alerta Roxo. Ou seja, a tal Covid-19 está adoecendo e matando a população. Culpa de quem? De todo mundo. Do povo que não acredita na máscara, que se aglomera, que faz festa clandestina, que não lava as mãos e nem usa álcool em gel. Do Governo que não se estrutura – fisicamente, equipamentos e, o mais importante, com funcionários para unidades de saúde – e deve sair do superficial para a gestão da saúde de fato. Resumindo a ópera, não falta dinheiro, não faltam respiradores, chegaram as camas. Tudo foi ‘aviado’ pelo Governo Federal. O que falta? Descer do salto, diminuir o ego inflado, realizar campanha publicitária que envolva, de verdade e conscientize o amazonense. Falta organização.