OPINIÃO DA EDITORA
“A diferença entre a vida e a morte”. Ouvi essa frase, em um programa de televisão, quando escrevia a Opinião da Editora. Mas, não quis desviar meu foco. Uma força estranha me levava a escrever sobre a compra de 2 mil caixões. Foi com estranheza constatar, num momento em que as autoridades pedem para #ficaemcasa, médicos e enfermeiros são incansáveis em salvar vidas, necessidade de mais leitos de UTIs, porém, o dinheiro é direcionado para comprar caixões. É literalmente jogar a toalha? É ter a certeza que morrerão mais 2 mil pessoas?
Por que não vem a notícia que vão comprar mais dois mil leitos de UTIs? Ou dois mil respiradores – adequados – para salvar vidas? É contraditório, até porque as estatísticas do Boletim Diário do Governo mostram que mais gente se recupera do que morre. Correto? Então, qual o motivo de uma decisão tão extrema? Foi quando escutei mais uma frase, no mesmo programa de televisão, desta vez, do governador Wilson Lima: “O meu objetivo é salvar vidas”. Comprando 2 mil caixões é, no mínimo, paradoxal. No mínimo.