OPINIÃO DA EDITORA
Há dias que estava com a BR 319 entalada na cabeça. Lembro da inauguração, em 1973, e da grande esperança do amazonense em ter mais uma via de saída de Manaus: a terrestre. Porque, era de barco ou de avião. Mas, foi só um tiquinho de um tempo feliz. A chuvarada veio e tornou a famosa estrada num chavascal imensurável e, claro, esquecida. Eis que, de repente, em 2020, no meio da pandemia, ressurge a ‘volta’ da BR319. Vendo o vídeo com lamaçal e a dificuldade do que seria um progresso para o Amazonas, fiquei exultante. Mas, a alegria durou pouco. “Pode parar o asfalto porque, se pavimentar, vai agredir o meio ambiente”, a proibição, em tradução livre. Vem cá, é melhor deixar a estrada poeirenta e esburacada do que pavimentar um caminho que já existe? E colega, asfaltando ou não, desculpa, não vai acabar a grilagem, o desmatamento ilegal, a exploração de madeira. Eita nós, os amazonenses, enquanto eles brigam, há 47 anos, continuamos com apenas duas maneiras de sair da cidade: de barco e de avião. Vai entender…