OPINIÃO DA EDITORA
Na sexta-feira, à tarde, recebemos um contato da White Martins informando que gostaria de enviar um material sobre a empresa, aqui, em Manaus. Ok. Sem problemas. Recebo, mas, respondi: “tenho cinco perguntas a fazer, que não querem calar”. Muito gentil, o assessor disse que eu poderia, sim, responder e eis as respostas.
1. A White Martins confirma que não parou o fornecimento de oxigênio por falta de pagamento do Governo do Amazonas?
Em momento nenhum a empresa reduziu ou deixou de fornecer oxigênio para os hospitais públicos de Manaus, em função de débitos da secretaria do estado do Amazonas. A White Martins tem dedicado todos os esforços para fornecer a maior quantidade possível de oxigênio, alcançando patamares muito superiores às obrigações contratuais junto ao governo. O foco da empresa está 100% voltado para o aumento da disponibilidade de oxigênio, inclusive trazendo produto de outros estados, mesmo com os desafios logísticos da região. As informações que têm circulado nas redes sociais de que o fornecimento estaria sendo interrompido em função de débitos do governo do estado não correspondem à realidade dos fatos. Sobre este tema, a Lupa, agência de fact-checking nacional, publicou uma notícia na sexta-feira (15) mostrando que esta suposta interrupção de fornecimento não é verdadeira.
2. Por que somente agora a empresa procurou a imprensa para esclarecimentos?
Como informado, o principal foco da empresa neste momento é abastecer a região com a maior quantidade possível de oxigênio. Durante esta crise sem precedentes, a empresa, assim como em ocasiões anteriores, tem colaborado com as autoridades e a imprensa, compartilhando informações atualizadas sobre a situação de fornecimento de oxigênio ao estado do Amazonas.
3. Dizem que existem outros fornecedores de oxigênio em Manaus. Não era hora da WM se unir a essas empresas e torna-las parceiras?
A White Martins vem somando esforços com os fornecedores locais para suprir a alta demanda dos hospitais em Manaus. A companhia tem comprado oxigênio dessas empresas, o que representou um incremento de cerca de 35 mil metros cúbicos totais, não diários, até o dia 14 de janeiro.
4. Existe alguma data para normalizar esse atendimento?
A empresa vem implementando uma grande operação logística, com o objetivo de atender a demanda sem precedentes, que inclui, entre outras medidas, transporte por vias fluvial e aérea, em cooperação com as autoridades governamentais e as forças armadas. Não podemos precisar uma data porque esta é uma situação de calamidade pública que demanda esforços conjuntos de todas as esferas da sociedade.
5. A White Martins informou às autoridades estadual e federal que o oxigênio realmente acabaria? Se avisou, com quanto tempo de antecedência? Deu alguma solução emergente, de continuidade?
Sim. O crescimento imprevisível e exponencial da demanda no início de 2021 levou a empresa a comunicar formalmente de forma imediata e transparente às autoridades sobre a alta complexidade do fornecimento de oxigênio medicinal para Manaus, solicitando apoio diante de um cenário extremamente desafiador. Até o dia 30 de dezembro, não havia indícios de aumento exponencial do consumo de oxigênio em Manaus. No dia 2 de janeiro, o consumo começou a indicar um crescimento anormal e foi iniciada a operação para trazer oxigênio de outros estados. No dia 4 de janeiro, antes da escalada sem precedentes do consumo de oxigênio, a White Martins deslocou os primeiros carregamentos de equipamentos criogênicos a partir de Belém (PA) por transporte fluvial. Este tipo de equipamento não pode ser transportado por modal aéreo e o tempo de transporte no modo fluvial de Belém até Manaus é de no mínimo sete dias e mais cinco dias para retornar para Belém. No dia 9, começaram a ser enviados os cilindros de oxigênio via aérea a partir do aeroporto de Guarulhos, com o suporte da FAB. No dia 12, saíram os primeiros tanques de oxigênio líquido também do aeroporto de Guarulhos e com o apoio da FAB.