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‘Rito de passagem’ do trompetista americano Ed Sarath é destaque na abertura do Amazonas Green Jazz Festival

O músico renomado esteve pela terceira vez em Manaus. Sarath afirmou que a composição “Ritos de passagem” tem muito a ver com o Brasil,


Uma noite inspiradora marcou a abertura do Amazonas Green Jazz Festival. Com o instrumentista e compositor americano, Ed Sarath, como estrela maior da programação de estreia do festival, o espetáculo de abertura emocionou e surpreendeu, tendo a composição “Ritos de passagem”, de autoria do próprio Ed Sarath, como peça principal, sendo executada com a contribuição visual do Corpo de Dança do Amazonas e musical do saxofonista Marcelo Coelho. Tudo sob o direcionamento preciso da Amazonas Band, comandada pelo regente Rui Carvalho.

(Foto: Tacyo Melo)

“O Amazonas Green Jazz Festival é um dos meus festivais favoritos no mundo. E eu participo de vários festivais de jazz em muitos lugares. A possibilidade de misturar estilos com o jazz é imensa. Não é muito comum, por exemplo, ter apresentação de dança em um festival de jazz”, disse Ed Sarath.

O músico renomado esteve pela terceira vez em Manaus. “Toda vez que eu venho aqui sou lembrado do quão mágico é estar nessa região. É maravilhoso”, disse o compositor. Sarath afirmou que a composição “Ritos de passagem” tem muito a ver com o Brasil, embora não tenha inspiração direta no País.

(Foto: Tacyo Melo)

O músico afirmou ainda estar muito satisfeito com a conexão que o Corpo de Dança do Amazonas fez entre sua composição “Ritos de Passagem” e a cultura da etnia Tikuna, que inspirou a coreografia apresentada junto à peça musical de Sarath. “É impressionante. Na maioria das vezes você toca somente a música. Com a possibilidade de acrescentar a dança, amplia tudo”, comemorou.

“A composição ‘Ritos de passagem’ tem, em certo grau, a ver com as tradições indígenas. É algo espiritual, vem da prática da meditação, da reflexão sobre a música e como ela é conectada com a cultura. A conexão espiritual indígena existe no mundo todo. E, no Brasil, isso é muito forte. Se os seus sentidos estiverem abertos para isso, você pode sentir que há algo mágico aqui”, definiu o instrumentista e compositor.

Ed Sarath afirmou ainda que cada que vez que vem a Manaus é diferente e inspiradora. “O Brasil tem uma cultura musical extremamente rica. Você sente no ar assim que chega. Uma conexão muito espiritual e criativa. Música maravilhosa e gente maravilhosa”, elogiou.

O músico ressaltou ainda a riqueza que o Amazonas Green Jazz Festival proporciona ao apresentar as possibilidades que o jazz tem de se fundir com outros estilos musicais. E finalizou elogiando a Amazonas Jazz Band. “É uma oportunidade incrível tocar com uma banda que reúne tantos talentos”, disse.

(Foto: Tacyo Melo)

Sábado

No sábado, 23/07, quem agitou o Amazonas Green Jazz Festival foi a cantora amazonense, Karine Aguiar, com o seu quarteto Jungle Jazz Ensemble e o trompetista americano, Keyon Harrold, e seu quinteto.

Domingo

Neste domingo (24), o festival reunirá em Manaus duas referências da cena nacional: o rapper paulista Kamau e o DJ brasiliense Raffa Santoro, filho do compositor amazonense, Claudio Santoro. As atrações participam do show do grupo Marcelo Coelho & Mclav.In, a partir das 19h, apresentando um experimento que une rap e jazz.

O segundo show da noite será com a Amazonas Band recebendo o trompetista, compositor e arranjador norte-americano, Daniel Barry, além do multi-instrumentista e compositor brasileiro, radicado nos Estados Unidos, Felipe Salles.

Mais informações

Além dos shows no Teatro Amazonas, o festival também está oferecendo palestras e workshops gratuitos com os artistas nacionais e internacionais. A programação completa está disponível no site: www.amazonasgreenjazzfestival.com.br.

O Amazonas Green Jazz Festival tem patrocínio master do Instituto Cultura Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, apoio da Embaixada dos Estados Unidos, e o hotel oficial é o Juma Ópera.

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