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Cultura

Literaturas indígenas, africanas e afro-brasileiras são abordadas em livros produzidos a partir de pesquisa científica

Duas obras foram produzidas e são resultados de pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas


Investigar estratégias de práticas leitoras voltadas para o ensino básico no Amazonas, com foco nas literaturas e nas culturas indígena, afro-brasileira e africana, é o objetivo da pesquisa “Literaturas africanas e literatura afro-brasileira: práticas leitoras para a sala de aula”, desenvolvida com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa Humanitas – Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), edital N° 005/2022.  

O estudo coordenado pela pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Adriana Cristina Aguiar Rodrigues, resultou na produção de dois livros, “Literatura indígena: práticas leitoras para a sala de aula” e “Literaturas africanas, literatura afro-brasileira: práticas leitoras para a sala de aula”, destinados, especialmente, para professores da educação básica e para discentes de licenciaturas, que podem encontrar nas obras mecanismos, que auxiliam no planejamento de atividades de práticas leitoras que incluam as culturas e as literaturas indígena, afro-brasileira e africanas. 

“Consideramos que as duas obras podem colaborar consideravelmente para a inclusão, em sala de aula, de culturas de povos historicamente silenciados, mas que contribuíram e contribuem fortemente para aquilo que constitui a identidade brasileira”, disse a pesquisadora. 

Doutora em Teoria e História Literária, Adriana ressalta que, embora as leis de Nº 10.639/2003 e Nº 11.645/2008 obriguem, em toda a educação básica pública e privada, o ensino de cultura e história indígena, afro-brasileira e africana, após 20 anos da Lei 10.639/2003, ainda nota-se ausência em relação a esses conteúdos.  

Segundo ela, cada capítulo das obras produzido na pesquisa está focado na construção de atividades para professores que atuam desde os primeiros anos do ensino fundamental até os anos finais do ensino médio, incluindo também a Educação de Jovens e Adultos (EJA).  

“Um trabalho como esse é fundamental porque extrapola as salas de aula das universidades e as formas de pensar um laboratório. Isso porque a pesquisa alia compromisso social, reparação histórica, povos e culturas subalternizadas a uma forma de fazer ciência, isto é, uma ciência que se faz com a participação de todas e todos os agentes envolvidos. Neste caso, professores, professoras, estudantes de licenciaturas, estudantes da educação básica”, afirma Adriana.  

Lançamento 

As duas obras serão lançadas nesta quinta-feira (13), às 17h15, durante o “IX SELIT – Seminário de Literatura Mundividências – mundivivências”, que ocorrerá no auditório Rio Negro, localizado no setor norte do campus da Ufam.  

As obras são de autoria das pesquisadoras Adriana Cristina Aguiar Rodrigues, Edla Cristina Rodrigues Caldas, Lucila Bonina Teixeira Simões e Priscila Vasques Castro Dantas, responsáveis por “Literatura indígena: práticas leitoras para a sala de aula”; e Adriana Cristina e Edla Cristina que também escreveram “Literaturas africanas, literatura afro-brasileira: práticas leitoras para a sala de aula”, com Nicia Petreceli Zucolo e Providence Bampoky. 

Os livros também contam com a participação de pesquisadores e professores da Ufam, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Secretaria Municipal de Educação (Semed), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB); e foram publicados pela Editora da Universidade Federal do Acre e a Editora do Núcleo de Estudos das Culturas Amazônicas e Pan-Amazônicas. No Amazonas, o material será distribuído gratuitamente para professores das redes de educação municipal e estadual em formato de e-book.  

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