Na decisão que deu a guarda provisória de Leo, de cinco anos, para Murilo Huff, o juiz apontou negligência e alienação parental por parte de dona Ruth Moreira. A criança morava com a avó materna desde que Marília Mendonça faleceu, vítima de um acidente aéreo.

Foto: Reprodução Instagram @murilohuff
O portal Leo Dias teve acesso ao documento e o magistrado fez as seguintes considerações: “As provas documentais revelam que o menor, portador de diabetes mellitus tipo 1, condição crônica que demanda vigilância rigorosa, aplicação diária de insulina e alimentação controlada, vem sendo submetida a situações de negligência”.
“Áudios e mensagens trocadas entre as babás contratadas revelam que a avó materna, com quem o menor atualmente reside, frequentemente omite informações médicas essenciais ao genitor, impede o envio de relatórios e laudos clínicos, instrui que se escondam medicamentos, laudos e sintomas, chegando ao ponto de orientar diretamente: ‘não fala pro Murilo que ele tá tomando antibiótico’, ‘esconde o remédio’, ‘o Murilo quer se meter onde não sabe’”, segue o texto.
O juiz pontuou: “Tais condutas, por si só, evidenciam quebra do dever de cooperação parental, violação do dever de transparência e clara afronta à função protetiva da guarda compartilhada”.
Ainda na decisão que deu a guarda provisória de Leo para Murilo Huff, o juiz falou em alienação parental. “Além disso, aparentemente há o emprego de mecanismos típicos de alienação parental, nos termos da Lei nº 12.318/2010, a qual caracteriza como tal qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos guardiões com o objetivo de prejudicar o vínculo da criança com o outro guardião ou figura de referência”, disse.
“A sabotagem da autoridade do genitor, o bloqueio sistemático do fluxo de informações relevantes, a tentativa de construir no imaginário infantil a falsa ideia de que o pai é ausente, incompetente ou irrelevante, são práticas que configuram atos de alienação com consequências severas e duradouras ao desenvolvimento afetivo da criança”, afirmou outra parte do texto.
Dona Ruth e Murilo Huff se encontraram na segunda-feira (30), em uma audiência de conciliação no Fórum Cível de Goiânia. Após a morte de Marília Mendonça, ficou decidido que a avó materna e o pai de Leo compartilhariam a guarda do menino, mas recentemente o cantor entrou na Justiça pedindo a guarda unilateral, o que gerou uma troca de acusações entre as duas partes.