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Ciclone atinge arquipélago francês

Número de mortos pode chegar a centenas, segundo autoridades


Relatos de danos generalizados estão surgindo em Mayotte depois que um ciclone atingiu o arquipélago francês no sábado (14), causando uma devastação comparada a uma bomba atômica por um morador, com centenas e possivelmente milhares de vítimas.

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Foto: Reprodução Internet

“A situação é catastrófica, apocalíptica”, exclamou Bruno Garcia, dono do Hotel Caribou em Mamoudzou, capital de Mayotte, à BFMTV.

“Perdemos tudo. O hotel inteiro está completamente destruído”, disse Garcia. “Não sobrou nada. É como se uma bomba atômica tivesse caído em Mayotte.”

Mayotte fica no Oceano Índico, na costa leste da África, a oeste de Madagascar. Composta por duas ilhas principais, sua área terrestre é cerca de duas vezes maior que Washington DC.

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Foto: Reprodução Internet

O ciclone Chido, uma tempestade de categoria quatro, atravessou o sudoeste do Oceano Índico no fim de semana, impactando o norte de Madagascar antes de se intensificar rapidamente e atingir Mayotte com ventos acima de 220 quilômetros por hora, segundo o serviço meteorológico da França.

Foi a tempestade mais forte a atingir as ilhas em mais de 90 anos, afirmou a Meteo-France.

O Chido continuou para o norte de Moçambique, onde causou danos, embora a tempestade tenha enfraquecido agora.

Ciclone Chido

O ciclone — o pior a atingir o território, de pouco mais de 300 mil habitantes, em pelo menos 90 anos — arrasou bairros, derrubou redes elétricas, destruiu hospitais e escolas e danificou a torre de controle do aeroporto.

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Foto: Reprodução Internet

“Honestamente, o que estamos vivenciando é uma tragédia, você se sente como se estivesse no rescaldo de uma guerra nuclear… Eu vi um bairro inteiro desaparecer”, falou Mohamed Ishmael, morador de Mamoudzou, à Reuters.

Pelo menos 11 pessoas morreram, segundo o Ministério do Interior francês, mas o número real de mortos deve ser muito maior, com autoridades locais prevendo que o número de vítimas pode chegar a centenas ou até milhares, informou a Associated Press.

“Acho que há algumas centenas de mortos, talvez cheguemos perto de mil, milhares, dada a violência deste evento”, declarou o prefeito de Mayotte, François-Xavier Bieuville, à emissora de TV Mayotte la 1ère.

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