Desta vez, vamos começar diferente! A sugestão de música como trilha sonora da leitura vem primeiro. Dá uma ouvida e a gente segue a conversa…
O título da música de Tiago Iorc “Desconstrução” pode soar repetitivo ao tema da semana anterior, mas pretende ser, na verdade, complementar! A música foi lançada em 2019, em um contexto de muita evidência das redes sociais, em que o Tiago (parece até que sou íntimo, né? rs) critica e questiona toda a exposição das pessoas na internet. Mas, ouvindo esses dias, me pareceu fazer sentido agora também, principalmente, nos versos “Num passatempo de prazeres vãos. Viu toda a graça escapar das mãos. E voltou pra casa tão vazia”.
Confesso que é essa sensação que tenho quando entro no Instagram e vejo um influenciador digital só fazendo “blogueirice”. Parece que a pandemia do coronavírus nos revelou a grande diferença e distância que existe entre a nossa realidade e a das personalidades, celebridades e influenciadores digitais que adoramos seguir (ou não!). É como se alguns conteúdos fossem “prazeres vãos”, de uma realidade paralela, que não tem mais conexão com a gente. E eu não estou sozinho. Conversando sobre isso no Instagram, uma amiga e seguidora também desabafou:
E a gente se pergunta “será mesmo que eles ainda não se tocaram que o mundo mudou? Que nossos anseios e prioridades são outros?” … Não, mana! É A GENTE que ainda não “se tocou” totalmente. Porque, pensando bem, é o nosso view e nosso like que norteiam – e até ditam – o conteúdo produzido pelos influenciadores. Quando a gente deixa de prestigiar, deixa de seguir, a gente dá o recado que aquilo não está sendo mais relevante para gente.
Mas, justiça seja feita! Tem, sim, muitos influenciadores digitais que se adaptaram e alinharam seus conteúdos para o contexto que estamos vivendo, e conseguiram se manter relevantes e manter a conexão com seus seguidores. E os que conseguiram foram os que tiveram o trabalho de sair do automático, da sua zona de conforto e tiveram a inteligência de se voltar para sua audiência. O que também não deve ser uma tarefa fácil, já que nem a gente sabe dizer o que, de fato, queremos consumir, né?
Há 60 dias (início da pandemia), tudo era novidade! Era muito útil e “aliviador” ver as dicas de exercícios para fazer em casa, de como cozinhar receitas práticas para a família, como começar a praticar ioga e bla bla bla. Agora, estamos nos encaminhando para um outro cenário, já que essas coisas meio que saturaram. É o que diz Dani Rafaldinni, uma amiga e ex-parceira de trabalho e que se tornou referência pra mim em análise de influenciadores digitais, de tão brilhante que ela é! “A principal virada de chave dos influenciadores, agora, é assumir um papel mais verdadeiro e mostrar que a vontade é mesmo de ficar na cama, vendo série, por exemplo e tá tudo bem! Sem grandes dicas, pois tudo já foi tentado ao longo desse período e elas não dão mais prazer. O discurso de também não saber mais o que fazer nesse período tão sem respostas para todos, é a forma mais verdadeira de se conectar com as pessoas”.
Bom, acredito que o caminho seja o diálogo verdadeiro. Está tudo tão incerto, a gente tem sentimentos diferentes a cada dia, que esse “match” só vai continuar existindo se a troca de experiência for constante – para não dizer “diária”. Se você é influenciador digital: pergunte dos seus seguidores o que lhes interessa; faça uma pesquisa dos assuntos que estão em pauta; entre no Twitter, lá costuma ter conteúdo mais direto do que está rolando na “vida real” e traga para sua audiência no instagram. Tenho certeza que seus seguidores continuarão enxergando valor no seu trabalho, mantendo a audiência e valorizando os “publinhos”. Se até a Anitta percebeu que precisava fazer essa movimentação, por que não seria interessante para você também, né meu anjo?
E você, amigo seguidor, se manifeste, fale, responda! Você é papel fundamental na criação do conteúdo. Mas, é importante o fazer para pessoa certa: o próprio influenciador que você segue. Não vale sair por aí criticando blogueira A, B ou C sem nem ter tido a parceria de falar diretamente com ela. No fim do texto, você confere uma lista de sugestões de perfis nacionais para seguir, montada após interação com meus amigos e seguidores. E quanto à sugestão de influenciadores locais do meu Amazonas… bom, aí é melhor a gente “trocar figurinhas” no direct. Te espero lá! @joaoarturvieira.
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Quem seguir nas redes sociais:
Liliane Ferrari – estrategista de marketing digital e minha “guru” em marketing de influência. Com suas críticas e opiniões, ela apresenta boas reflexões sobre as redes sociais.
Camila Baranda – jornalista amazonense, residente em Londres. Ela mostra como tá sendo viver a pandemia, mas aproveita para abordar e esclarecer temas interessantes do Reino Unido.
Monica Benini – não conhecia, segui e me encantei!
Silvia Braz – conteúdo maduro, inteligente e sempre com participação de outros profissionais
Maria Clara Palhano – comecei a seguir e já tô adorando. Conteúdo família e com textos lindos!
Guilherme Pinto – jovem escritor, psicólogo em formação e um fofo lindo!
Anitta – claro, né?
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Leitura extra sobre o assunto: