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Cultura

Midas – a arte de metamorfosear transforma ‘lixo’ em arte

Com direção artística de Irian Butel, o projeto da exposição foi aprovado em terceiro lugar, na lei Aldir Blanc nível municipal


Em tempos onde desperdícios não são aceitos, artistas recuperam sucata comumente descartável e transformam em arte. Essa é a tônica da exposição “Midas – a arte de metamorfosear”, do artista Sorin Sena e equipe Kuarup, que será inaugurada, na sexta-feira (13), às 18h, no Mercado Municipal Leopoldo Neves, em Parintins. Com direção artística de Irian Butel, o projeto da exposição foi aprovado em terceiro lugar, na lei Aldir Blanc nível municipal.

(Foto: Divulgação)

Em mais de 60 obras, a exposição apresenta peças moldadas a partir de peças originais da engenharia mecânica, que ganham outro sentido. Simples arruelas tornam-se olhos e mãos. O rabo do escorpião surge de porcas. Corrente de motocicleta vira corpo de lagarto. Tela metálica veste o soldador e, de engrenagens e amortecedores, ao estilo do filme Transformers, surge o Louva-a-Deus.

Paralisia

Em 2020, com a pandemia da Covid-19 paralisando o segmento de produção cultural, os artistas tiveram que se reinventar para sobreviver. Sorin então, utilizou os conhecimentos adquiridos nos galpões e os aplicou na confecção de miniaturas de ferro.

“A pandemia fez nascer em mim, a necessidade de me reinventar. Isso ficou mais forte ainda porque os eventos em que trabalho estão parados”, disse.
Sorin Sena, que é artista de alegoria do boi Garantido, enfatiza que o projeto é uma alternativa à redução dos resíduos de lixo produzido, tanto nos galpões dos bois, quanto nas oficinas de motos e carros, que podem ser uma alternativa de rendas aos artista.

(Foto: Divulgação)

“O projeto também contribui com o meio ambiente fazendo com que esse ‘lixo’, já transformado em arte, não seja jogado na natureza”, avalia, completando que pode ser uma alternativa para os artistas de Parintins. Utilizando técnica ímpar, os artistas de “Midas: a arte de metamorfosear…” fazem o inverso da escultura tradicional, que é esculpir em pedras ou entalhar em madeira.

Com criatividade e com um olhar que enxerga o invisível e, ao toque artístico, o artista gera novas funções para velhas e conhecidas engrenagens do dia a dia.

Para a ideia tomar forma, Sorin contou com o auxílio dos soldadores artísticos: D’andrad Mds Lavaréda, Darlisson’h MEC, Kiulem Silva e Bigu Cardoso.

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