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Cultura

Live ‘Mulheres indígenas na cerâmica’

Museu do Pontal apresenta a live no dia 18 de abril, segunda-feira, com a participação de Francy Baniwa, Waxiaki Karajá e a antropóloga Chang Whan


O Museu do Pontal realiza no próximo dia 18 de abril de 2022, às 18h, em seu canal no YouTube >https://www.youtube.com/watch?v=Ct4r1BWKJw0 , a live Mulheres indígenas na cerâmica”. O encontro será apresentado pela historiadora Juliana Pereira, e contará com palestras de Francy Baniwa, antropóloga, pesquisadora e professora nascida na Terra Indígena Alto Rio Negro; Waxiaki Karajá, professora e pesquisadora que irá falar sobre a tradição das bonecas de cerâmica feitas pelo seu povo; e a antropóloga Chang Whan, que tem pesquisas e trabalhos realizados na área de arte e cultura material indígena, em especial sobre os Karajá da ilha do Bananal, estado de Tocantins. As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo link: https://www.sympla.com.br/live-mulheres-indigenas-naceramica__1546132

Antropóloga Francy Baniwa (foto: Divulgação)

A cerâmica tem presença fundamental na cultura material indígena, nas mais diversas etnias e povos indígenas no Brasil. O objetivo desta conversa aberta é abordar este fazer em diferentes contextos, a partir da perspectiva feminina e indígena – na aldeia, inserida na vida cotidiana; a dimensão ritual; e sua compreensão como parte do patrimônio imaterial e dos museus. E, ainda, de que maneira se articula a produção da cerâmica, e que relações são estabelecidas a partir dela: memória, construção de conhecimento, cotidiano da roça e da feitura dos alimentos, no estabelecimento das relações identitárias e na manutenção dos vínculos intergeracionais.

Boneca Carajá (Foto: Divulgação)

A coleção do Museu do Pontal tem duas Bonecas Karajá, que podem ser vistas na exposição “Novos ares! Pontal reinventado!, acompanhadas de textos de Waxiaki Karajá e Ailton Krenak, escritos especialmente para o local. Em um trecho, a pesquisadora explica que “As ritxoko são as nossas bonecas de cerâmica feitas com a mistura de argila e cinzas da madeira ‘cega-machado’. (…) Atualmente as ritxoko são modeladas em diversos formatos: animais, mulheres em afazeres do dia a dia, moças e rapazes em trajes tradicionais de rituais, guerreiros, mitos e famílias. Em tempos antigos, eram feitas apenas nas famílias para serem usadas como brinquedos das meninas, e as mães, avós e tias mostravam a função de cada membro da família para que as meninas crescessem já sabendo o papel de cada um e assim praticar e passar adiante nossos costumes quando chegasse a idade.”

 

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