A palavra do momento é esta: sororidade. Ela é usada para significar a união entre as mulheres, a empatia, aliança, a busca para alcançar os objetivos em comum. Foi deste sentimento que a atriz Natalie Portman se vestiu para a cerimônia da 92ª edição do Oscar, a conceituadíssima premiação realizada anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
O evento aconteceu no Teatro Dolby, no distrito de Hollywood (LA), que é palco para a premiação desde 2002 e é considerado o de mais prestígio da temporada de premiações, além de ser responsável por concluir o ano anterior para os grandes longa-metragens.
Ao pisar no red carpet, Natalie Portman começou a gerar comentários entre os fotógrafos e jornalistas no local, que se amontoavam para tentar entender as pequenas letrinhas bordadas em dourado ao longo do overcoat preto da Dior, estilizado para a atriz que também usava vestido da mesma marca. Somente na internet, com o advento do zoom, os internautas conseguiram decifrar os nomes escritos.Na verdade, eram sobrenomes de todas as diretoras que poderiam ter sido indicadas para a categoria de Melhor Direção de Cinema, que são elas: Lulu Wang (A Despedida), Mati Diop (“Atlantique”), Greta Gerwing (Adoráveis Mulheres), Marielle Heller (Um Lindo Dia na Vizinhança), Alma Har’el (Honey Boy), Céline Sciamma (Retrato de Uma Jovem em Chamas), Lorena Scafaria (As Golpistas), entre outras.
Neste ano, apenas diretores homens concorreram na categoria: Todd Philips (Coringa), Sam Mendes (1917), Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood), Martin Scorsese (O Irlandês) e Bong Joo Ho (Parasita).
Ao ser questionada pela correspondente do LA Times, Amy Kaufman, do porquê de Natalie ter feito isso, a atriz que já ganhou um Oscar por “Cisne Negro” respondeu: Eu queria reconhecer todas as super-heroínas que não tiveram seus trabalhos reconhecidos.
Democracia em Vertigem
Quem também aproveitou a visibilidade da premiação para levantar alguma causa foi Petra Costa, diretora do filme “Democracia em Vertigem”, que concorria na categoria de Melhor Documentário.
Placas com a hastag #ActForTheAmazon (ato pela a Amazônia) foram levantadas por Petra e integrantes da produção do filme, além de frases como “our fight is your fight” (nossa luta é sua luta), “stop invading indigenous lands” (parem de invadir terras indígenas) e “quem mandou matar Marielle?” em referência ao assassinato da vereadora Marielle Franco, que nunca foi solucionado.
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