A Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) tem monitorado os casos suspeitos de rabdomiólise no estado seguindo duas frentes paralelas de atuação. O Grupo de Trabalho montado pelo Governo do Estado, que está investigando as possíveis causas da síndrome no Amazonas, inclui, além de secretarias estaduais, universidades e órgãos do Governo Federal.
De acordo com a diretora-presidente, a outra frente é composta por um grupo maior, que inclui instituições de fora do Amazonas. É o caso do laboratório da Universidade de Santa Catarina, que está fazendo a análise do pescado coletado no Amazonas, para identificar toxinas que podem estar presentes nos peixes.
Além da FVS-RCP, participam do Grupo de Trabalho a secretaria de Estado de Saúde (SES-AM); Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD); Fundação Oswaldo Cruz – Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz/Amazônia), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf); Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror); Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas, do Ministério da Agricultura; e Ministério da Saúde.
A diretora-presidente da FVS-RCP ressaltou que a Fundação não impõe, neste momento, restrições ao consumo de peixes.
Dos nove novos casos em investigação epidemiológica, cinco são de Itacoatiara, três de Manaus e um de Itapiranga. Os pacientes de Manaus são dois homens (de 18 e 39 anos) e uma mulher (de 30 anos). Já os casos de Itacoatiara são três homens (28, 32 e 43 anos), e duas mulheres (46 e 33 anos). O paciente de Itapiranga é um homem (de 27 anos).
Dos 78 casos suspeitos da síndrome, dez pessoas seguem internadas, sendo nove de Itacoatiara e um de Itapiranga. Todos os pacientes estão estáveis.
O boletim de Situação Epidemiológica da Rabdomiólise no Amazonas aponta que os peixes mais consumidos e envolvidos nos casos de suspeita da síndrome investigados são: pacu (40%), tambaqui (37%) e pirapitinga (30%). Ainda conforme o boletim, 100% dos peixes consumidos são de vida livre, 85% são procedentes de rios e 9% de lagos.