Os dois brasileiros Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, que estavam sendo mantidos reféns havia mais de três meses por uma máfia de golpes cibernéticos em Mianmar, no Sudeste Asiático, conseguiram fugir do local e foram resgatados com a ajuda da ONG internacional “The Exodus Road”, informaram nesta terça-feira (11).

Foto: Reprodução Internet
Os dois aceitaram promessas falsas de emprego e acabaram sendo vítimas de tráfico humano em KK Park, em Mianmar. O local é considerado uma “fábrica de golpes online” e ambos foram escravizados para aplicarem golpes.
Phelipe e Luckas conseguiram fugir entre a noite de sábado (8) e madrugada de domingo (9) com centenas de imigrantes, e foram detidos por agentes do DKBA (Exército Democrático Karen Budista).
Na sequência, eles foram levados para um centro de detenção da DKB, onde devem esperar a transferência para Tailândia.
fuga foi combinada pelos reféns, que conseguiram avisar familiares e ativistas sem que fossem descobertos pelos mafiosos, que monitoravam tudo.
Como a ONG estava em diálogo com representantes do governo da Tailândia para que 361 imigrantes fossem libertados de Mianmar, Phelipe e Luckas acabaram sendo incluídos nessa lista.
Em nota, o Itamaraty informou que tomou conhecimento do caso “com grande satisfação, da liberação de dois brasileiros vítimas de tráfico de pessoas na fronteira entre Myanmar e Tailândia”.
“O Itamaraty, por meio de suas Embaixadas em Yangon, no Myanmar, e em Bangkok, na Tailândia, vinha solicitando os esforços das autoridades competentes, desde outubro do ano passado, para a liberação dos nacionais. O tema foi também tratado pela Embaixadora Maria Laura da Rocha, na ocasião na qualidade de Ministra substituta, durante a IV Sessão de Consultas Políticas Brasil-Myanmar, realizada em Brasília, em 28 de janeiro último. Em suas gestões, a Embaixadora Maria Laura da Rocha reforçou a necessidade de esforços contínuos para localizá-los e resgatá-los”, afirmou.