OPINIÃO DA EDITORA
Tenho experiência com humor governamental. Não poderia ser diferente pois, desde tenra idade, convivo com o Poder. Abri este texto com essas duas frases só para situar a minha opinião. Vamos lá. Posso dizer que personalidade forte, não me admira, mas língua incontrolável, fala depois pensa, é a primeira vez. Suponho que seja o costume arraigado de avisar ao telespectador que resolve “qualquer bronca”.
Atenção, as situações se inverteram. A bronca é com governador, sim, mas com uma imensa diferença: como comandante do Estado, tem que defender o cidadão, porém não é com truculência, dizendo “só vai sentir quando um parente dele morrer”… A frase poderia ser dita assim: “eu não quero que o seu parente morra. Não vou me perdoar se você sentir a dor de perder um parente!”. Entendeu? E ontem, durante a entrevista, empunhando o microfone, no melhor estilo sensacionalista, bradou: “só por cima do meu cadáver”. Foi infinitamente demais. Até porque, nessa hora, se tratava do Judiciário.
Seja forte e firme, contudo, em tempos de politicamente corretos, com leveza e com bastante sutileza. E, a pergunta que não quer calar: “por onde caminham os assessores do governador, meu povo?”. Façam menos fofoca auriculares e tenham mais atenção com os discursos, entrevistas e declarações do mandatário do Amazonas. Conselho e canja de galinha…