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Cultura

‘Viveiro Acrobático’: proposta artística proporciona imersão no universo circense

Idealizada pela cia amazonense Circo Caboclo, experiência circense circula por dez cidades da região Norte do Brasil, desde setembro deste ano até 2026


“Se as pessoas não vão ao circo, o circo vai até as pessoas”. A paráfrase do ditado famoso resume bem o “Viveiro Acrobático”, projeto da cia amazonense Circo Caboclo – fundada pelo artista, educador e produtor cultural Jean Winder – que une acrobacia, dança, música e teatro e busca democratizar o acesso a iniciativas culturais circenses, levando a arte milenar para escolas e espaços públicos da região Norte do país.

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Fotos de Cícero Benedito

Municípios do Amazonas (Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Presidente Figueiredo), do Acre (Rio Branco), do Pará (Belém, Santarém), de Roraima (Boa Vista) e do Tocantins (Palmas) integram a lista de locais contemplados com a experiência circense.

As cidades amazonenses foram as primeiras a receberem a proposta artística “Viveiro Acrobático”, que conta com oficinas de bambolês (manipulação de objetos), acrobacias de solo, tecido acrobático e apresentação do espetáculo homônimo, definido na crítica do artista plástico Roberto Suárez Rengifo como “mais que uma performance circense: trata-se de um ato poético-político, no qual corpo, memória e território amazônico se entrelaçam, propondo uma nova forma de pensar o circo no Brasil contemporâneo”.

De acordo com Winder, a cia Circo Caboclo desenvolve, desde 2017, propostas formativas, espetáculos e eventos culturais relacionados à linguagem circense. Nesse cenário, dois pontos foram primordiais para realizarem a circulação do “Viveiro Acrobático”: a necessidade de criação de público para a linguagem do circo contemporâneo; e a intenção de tornar acessível a participação em aulas de técnicas circenses, entendendo que elas possibilitam tanto a formação artística quanto o desenvolvimento de capacidades e habilidades físicas, emocionais e psicológicas.

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Fotos de Cícero Benedito

“Nossa missão é aproximar o público do universo do circo”, pontua o acrobata, que é formado pela Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro e pela Universidad Nacional de San Martín, localizada em Buenos Aires (Argentina).

O projeto conta com a coordenação geral de Winder, que também faz acrobacias ao lado de Paloma Blandina e Laísa Silva. Além disso, a ficha técnica possui: Fernanda Bezerra na assistência de produção; Leandro Alho como designer; Cícero Benedito como responsável pelo audiovisual; Amanda Magaiver na produção; Marcela Pultrini como produtora local em Tocantins; Klaryson Willyams como produtora local em Santarém; Rosangela Bandeira como produtora local em Boa Vista; Sarah Jayne como produtora local em Rio Branco; e Yure Lee como produtora local em Belém.

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Fotos de Cícero Benedito

Receptividade

A primeira realização do “Viveiro Acrobático” – contemplado pelo Edital de Chamamento Público n° 03/2024, executado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e do Conselho Estadual de Cultura (Conec), com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura – aconteceu no dia 10 de setembro no Centro de Educação de Tempo Integral – Prefeito Washington Luís Régis da Silva, em Manacapuru.

Segundo Winder, a passagem do projeto pelo Amazonas aconteceu até este mês de outubro em instituições de educação da rede pública, envolvendo toda a comunidade escolar, enquanto fora do estado será em espaços públicos (teatros e praças) até 2026, de forma gratuita ao público geral.

“A receptividade de quem participou da proposta tem sido fenomenal, especialmente do público infantil, já que o circo tem um poder de sinestesia muito forte com essa faixa etária. Vale ressaltar que a maioria das crianças dos lugares onde realizamos o projeto nunca haviam ido (ou visto) o circo. Por isso, um recado: quem ainda não vivenciou a experiência pode esperar muita beleza, virtuosismo, poética e diversão”, enfatiza.

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