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Corpo de Dança do Amazonas une arte e resistência dos povos originários

Corpos em cena se transformaram em território vivo com espetáculo o “TA – Sobre ser grande”, no Teatro Amazonas


O Teatro Amazonas foi palco, na terça-feira (12), do espetáculo “TA – Sobre ser grande”, do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), dirigido por Mário Nascimento. Inspirada na palavra “TA” do povo Tikuna, que simboliza grandeza e a conexão entre corpo, território e natureza, a montagem uniu dança, poesia e música eletrônica ao vivo, com trilha assinada pelo DJ Marcos Tubarão.

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Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

A apresentação contou com um público diverso, incluindo pessoas de várias regiões do Brasil e de outros países que estavam em Manaus e foram prestigiar o espetáculo.

A pesquisa para o espetáculo começou durante a pandemia e, segundo Mário Nascimento, nasceu com um objetivo claro: ser um alerta. “Não falo só dos Tikuna, mas de todos os povos originários. É um alerta sobre a invasão dos territórios indígenas e sobre a importância que eles têm para a preservação do meio ambiente e da sua própria história”, afirmou o coreógrafo.

Com um elenco formado majoritariamente por artistas amazonenses, cerca de 90%, o CDA se apresentou com intensidade física e expressiva, transformando o palco em um território simbólico que evocava força, resistência e pertencimento. A palavra “TA” foi materializada em movimentos amplos, ritmados e conectados aos sons e paisagens que marcam a vida dos povos da floresta.

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Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Mário também destacou o papel político e cultural do grupo, que há 27 anos é mantido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.

“A companhia tem um papel importante por ser originária daqui e por carregar essa identidade. É fundamental reconhecer a importância que a Secretaria de Cultura tem na preservação dos corpos artísticos do Estado”, completou.

O espetáculo, além de seu valor estético, reafirmou o compromisso do CDA com a valorização das culturas amazônicas e o debate sobre questões urgentes, como a preservação ambiental e o respeito aos territórios indígenas.

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