Tradicionalmente dedicada à conscientização sobre o câncer de próstata em homens, a campanha “Novembro Azul” também se estende ao mundo dos pets, com o objetivo de reforçar os cuidados dos tutores de animais de estimação. Apesar da incidência baixa, a condição que afeta a glândula prostática é extremamente agressiva nos amigos de patas e pode evoluir rapidamente para metástase, quando as células doentes migram para as demais áreas do organismo.

Foto: Arquivo Pessoal
Urina com sangue, infecções urinárias que não respondem ao tratamento, gotejamento de sangue pelo pênis e dificuldade para urinar ou defecar estão na lista dos incômodos significativos que podem atingir cães e gatos com a neoplasia prostática, conforme explica a médica veterinária Ádria Camila Souza da Silva, especializada em cirurgia oncológica e reconstrutiva.
“Embora o câncer de próstata seja raro em animais (cães e gatos), diferente do que acontece no universo masculino humano – em que é o segundo tipo de câncer mais comum –, indicamos acompanhamento frequente ao médico veterinário para detectar a doença de forma precoce. Isso porque todas as alterações na glândula podem interferir nos órgãos vizinhos dos peludos, causando grande prejuízo à saúde. Sem contar que o câncer de próstata pode ser mortal se não identificado no estágio inicial”, detalha a cirurgiã veterinária, que faz questão de compartilhar diversas informações sobre o mundo pet em seu perfil do Instagram (@dra.adriacamila).
Consultas Regulares
Sócia-fundadora do Centro de Especialidades Cirúrgicas e Veterinárias (CECV) – que, em parceria com a Distribuidora Zoo Center e a Organnact, contará com uma ação voltada ao “Novembro Azul” neste sábado (08), de 08 até 12h, destinada a condições especiais nas avaliações prostáticas e testiculares, orientações de saúde e prevenção e amostras e brindes de marcas parceiras –, Ádria pontua que as consultas periódicas são essenciais para a saúde dos animais de estimação e os que tiverem mais de cinco anos precisam realizar o check-up pelo menos uma vez por ano, já que são os mais propensos a desenvolverem a neoplasia.
“O diagnóstico será feito com base nas informações sobre o animal e por meio de exames de sangue, ultrassom e raio-x de pelve, associados ao toque retal, que permite avaliar o tamanho, a consistência e a textura da próstata. Com tudo isso em mãos, é possível identificar qual o motivo da alteração na glândula, que pode ser tanto câncer como hiperplasia prostática benigna, prostatite bacteriana, abcesso, cisto. Após o diagnóstico final, o profissional capacitado indica o melhor tratamento, seja cirurgia, quimioterapia ou radioterapia”, observa.

Foto: Jammes Aguiar
De acordo com a médica veterinária, quanto mais cedo for detectada a doença – que pode atingir até mesmo animais castrados, ainda que de forma mais incomum –, maior a probabilidade de garantir um tratamento eficaz.
“A saúde dos nossos pets é construída na constância e na atenção aos detalhes, já que algumas doenças são silenciosas e difíceis de identificar sem exames de rotina. Por isso, a prevenção precisa ser um compromisso contínuo. Nem toda alteração aparente é motivo de urgência, mas algumas não podem esperar”, finaliza.


















