Wilson Lima falou sobre a importância de Amazonino Mendes em suas redes sociais e decretou 7 dias de luto no Amazonas. Em nota, Governo do Amazonas lamenta morte do ex-governador. Ainda não há informações sobre o velório e translado do corpo.
Amazonino Mendes morreu na manhã deste domingo (12), aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de dezembro. Confira a nota do governo na íntegra.
Nota de Pesar
O Governo do Amazonas lamenta, com profundo pesar, a morte do ex-governador Amazonino Armando Mendes. O experiente político amazonense faleceu neste domingo (12/02), vítima de complicações de saúde, em São Paulo, onde estava internado.
Em grande respeito à história política de Amazonino Mendes, o governador Wilson Lima decretou luto de 7 dias no Estado do Amazonas. As bandeiras de todas as repartições públicas ficarão hasteadas a meio mastro.
“Eu devo muito do que hoje sou ao ex-governador Amazonino Mendes. Entrei para a política fazendo críticas e buscando, em grande parte das vezes, sempre ser um contraponto ao que ele e seu grupo político foram e representaram para o nosso Estado. Mas uma coisa é inegável: Amazonino foi um dos maiores líderes políticos da história do Amazonas”, afirmou Wilson Lima nas redes sociais.
Para o governador, Amazonino “nasceu predestinado a amar esta terra, trazendo o Amazonas no nome e no coração”. E fica para sempre na memória do povo amazonense a “imagem do homem alegre, carismático, que abraçava e acolhia”.
Sobre Amazonino
Amazonino Armando Mendes nasceu em Eurinepé, interior do Amazonas, em 16 de novembro de 1939. Se formou em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e fez longa carreira política dentro do estado atuando quatro vezes como governador do Estado, uma vez como senador e três vezes como prefeito de Manaus.
Em abril de 1983, iniciou a carreira política ao ser nomeado prefeito da capital. Em seu mandato, deu especial atenção à urbanização dos bairros periféricos. Logo em seguida, em 1987, Amazonino iniciou o primeiro mandato como governador. Entre 1991 e 1992, exerceu o cargo de senador da República.
Em 1994, Amazonino foi novamente eleito governador do Amazonas, já no primeiro turno. Depois foi reeleito em 1998. Em seu governo, criou o polo graneleiro de Itacoatiara (AM) e a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás). Implantou também o programa denominado Terceiro Ciclo, destinado a promover o desenvolvimento do interior do estado através da produção de grãos.
Amazonino criou a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em 2001. Em 2008 foi eleito novamente à prefeitura, desta vez em uma candidatura polêmica e sob muitas críticas de órgãos. Ele chegou a ser cassado após ele e seu vice Carlos Souza serem julgados por por compra de votos e captação ilícita de recursos para campanha eleitoral. Os advogados recorreram da decisão e Amazonino tomou posse em 2009.
Em 2017 voltou a assumir o Governo do Amazonas após eleições suplementares para substituição do então governador José Melo e do vice Henrique Oliveira. Tentou a reeleição em 2018, mas foi derrotado pelo estreante Wilson Lima. No fim de sua trajetória política amargou outras duas derrotas: uma em 2020 para um novo mandato à frente da Prefeitura de Manaus, e em 2022, a última vez que concorreu ao governo do estado.
Amazonino foi o criador e presidente do Fórum dos Governadores da Amazônia, mentor, em 1987, do Instituto Superior da Amazônia (ISFA), posteriormente, eleito presidente do órgão por unanimidade dos governadores dos estados integrantes da Amazônia Legal.
Mendes também foi diretor e professor do curso de Direito Rodoviário, ministradi no Departamento de Entradas e Rodagem do Amazonas (DER-AM).
Filho de Armando de Souza Mendes e Francisca Gomes Mendes, Amazonino foi casado com Tarcila Prado de Negreiros Mendes, que faleceu em 2015, com quem teve três filhos.