Escritores, professores e políticos lamentaram a morte de Lygia Fagundes Telles neste domingo (3). A escritora, que era integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde a década de 80, faleceu em casa, em São Paulo, de causas naturais.
Conhecida como a ‘dama da literatura brasileira’, Lygia recebeu vários prêmios importantes ao longo da carreira, como Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). As obras da escritora já foram traduzidas para o alemão, inglês, espanhol, francês, italiano, polonês, sueco, tcheco e português de Portugal.
(Foto: Divulgação)
A ABL disse que Lygia “já era uma lenda em vida”. José Renato Nalini, em nome da Academia, escreveu:
“A mais notável personalidade da literatura brasileira, patriota e democrata, já era lenda em vida. Permanecerá no Panteão das glórias universais e, para orgulho nosso, era mais academicamente bandeirante. Não faltava aos nossos encontros semanais no Arouche. A gigantesca e exuberante obra continuará a ser revisitada, enquanto houver leitor no mundo“, escreveu José Renato Nalini.
Para o presidente da ABL, Merval Pereira, a escritora foi uma figura exponencial, fundamental não só para a literatura. “A morte da Lygia faz que a academia perca uma figura exponencial, ela foi fundamental não só para a literatura, ela foi uma grande líder feminista, ela relatava a sua vida moderna, e fazia isso colocando as mulheres em uma posição de destaque. Então, além de grande escritora, ela era uma grande figura humana. […] A literatura brasileira perde uma grande mulher”, disse Merval em entrevista à Globonews neste domingo (3).